Desmatamento cai 27% de janeiro a novembro na Amazônia, aponta Imazon

Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento, região teve a menor área derrubada dos últimos oito anos, desde 2018.

Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento, região teve a menor área derrubada dos últimos oito anos, desde 2018. Foto: Divulgação/Imazon

O ano de 2025 terminará com uma boa notícia para a Amazônia: o desmatamento caiu 27% de janeiro a novembro, em comparação com o mesmo período de 2024. Os dados são do instituto de pesquisa Imazon, que monitora a floresta por imagens de satélite desde 2008.

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Nesses 11 meses, a derrubada passou de 3.654 km² de janeiro a novembro de 2024 para 2.650 km² no mesmo período deste ano. Esta foi a menor área derrubada dos últimos oito anos para o período, desde 2018. Em anos como 2021 e 2022, a devastação chegou a passar dos 10 mil km² na região. 

Desmatamento cai 27% de janeiro a novembro na Amazônia

“A tendência de queda começou em 2023 e seguiu nos anos seguintes. Por isso, é muito importante manter e intensificar as ações de proteção territorial em 2026, para que possamos atingir a meta nacional de desmatamento zero até 2030. Além disso, a maior preservação da Amazônia contribui para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no país e combater as mudanças climáticas”, afirma a pesquisadora do Imazon Larissa Amorim.

Apenas em novembro, a destruição da floresta amazônica passou de 164 km² para 120 km², também uma redução de 27%.

Leia também: Desmatamento na Amazônia ameaça igarapés e segurança hídrica

Os estados que mais desmataram em novembro foram Pará (42%), Mato Grosso (20%) e Roraima (18%). Juntos eles concentraram 80% de toda a derrubada detectada na Amazônia no mês. 

Calendário do desmatamento

Novembro de 2025 é o quarto mês do calendário de desmatamento de 2026, que compreende o período de agosto de 2025 a julho de 2026. Considerando o acumulado dos quatro primeiros meses do calendário de 2026 e comparando-o com o mesmo período do calendário de 2025, há redução de 43% na derrubada até o momento.

Degradação

Outra boa notícia é que a degradação florestal, dano causado pelo fogo e pela exploração madeireira, também está em queda na Amazônia. Em 2024, os incêndios florestais deixaram a maior área de florestas degradadas na região desde outubro de 2008, quando o Imazon começou a monitorar esse tipo de distúrbio.

Com isso, a degradação passou de 35.751 km² de janeiro a novembro de 2024 para 4.360 km² no mesmo período de 2025, uma diminuição de 88%. “As políticas públicas de controle do fogo são essenciais para manter a degradação florestal em baixa e precisam ser intensificadas em 2026 para evitar que tenhamos novos recordes, como ocorreu no ano passado”, alerta Larissa Amorim.

Apenas em novembro, a degradação passou de 2.882 km² em 2024 para 78 km² em 2025, uma redução de 97%. O estado com a maior degradação no mês também foi o Pará (59%).

Com essa queda significativa, os quatro primeiros meses do calendário de desmatamento de 2026 apresentaram redução de 93% na degradação.

*Com informação do Imazon

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