Realizado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a nova fronteira do desmatamento tem provocado intensa pressão sobre as áreas protegidas do estado
Divulgado na terça-feira (9), um estudo feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostrou que a chamada “nova fronteira do desmatamento”, localizada pelo sul do Amazonas, tem provocado intensa pressão sobre as áreas protegidas do estado. Segundo o levantamento, seis das dez áreas protegidas mais ameaçadas da Amazônia estão na lista.
O levantamento do Imazon mostrou que, entre abril e junho de 2022, estavam sob o risco iminente de ocorrência de desmatamento naquele estado: o Parque Nacional Mapinguari – que também tem parte do território em Rondônia – (1º lugar), a Floresta Nacional do Iquiri (3º lugar), Floresta Nacional do Aripuanã (4º lugar), Parque Nacional dos Campos Amazônicos – que tem porções no Mato Grosso e Rondônia – (6º lugar), Floresta Nacional de Balata-Tufari (8º lugar) e Floresta Nacional do Jatuarana (9º lugar). Todas estão sob a tutela do governo Federal.
As APs mais Ameaçadas foram a Parna Mapinguari (AM/RO) e a Resex Chico Mendes (AC), ambas ocuparam o primeiro e o segundo lugar no ranking de APs ameaçadas do período anterior. Oito das dez APs mais ameaçadas do período também apareceram no ranking do período anterior.
Chamada de “Ameaça e Pressão de Desmatamento em Áreas Protegidas“, a pesquisa é publicada trimestralmente pelo Imazon. Nesta última edição, o levantamento mostrou que a Apyterewa também foi o quatro território no ranking de todos os tipos de áreas protegidas da Amazônia que mais sofreu com a pressão do desmatamento, atrás apenas das APAs Triunfo do Xingu e do Tapajós, no Pará, e da Resex Chico Mendes, no Acre.
Das 2.293 células que tiveram ocorrência de desmatamento, 1.523 (66%) indicam Ameaça e 770 (34%) Pressão em APs. O número de células com ocorrência de desmatamento de abril a junho de 2022 é 20% menor em comparação com abril a junho de 2021.
As dez Áreas Protegidas com mais Pressão
Já em relação as consideradas Áreas Protegidas com mais Pressão, em um ranking no qual as 10 áreas são listadas, 6 delas estão localizadas no estado do Pará.
O termo de áreas com mais pressão ocorre quando o desmatamento se manifesta no interior da Área Protegida, levando a perdas de serviços ambientais e até mesmo à redução ou redefinição de limites da AP. Ou seja, é um processo interno que pode levar a desestabilização legal e ambiental da AP.