COP 16: parlamentares lançam declaração para proteção da biodiversidade global

Concluída com a assinatura de 18 pontos, Declaração de Cali reafirma o compromisso com a implementação efetiva do Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal.

Foto: André Aroeira/MMA

Parlamentares de Brasil, Reino Unido, Argentina, Equador, Peru, Sri Lanka, Venezuela, Bolívia, Quênia e Colômbia aderiram à Declaração de Cali na COP16, uma iniciativa que busca fortalecer o papel dos países na criação de políticas eficazes para a conservação da biodiversidade global.

A declaração, que foi concluída com a assinatura de 18 pontos durante o encontro em Cali, na Colômbia, reafirma o compromisso com a implementação efetiva do Marco Global de Biodiversidade Kunming-Montreal (GBF, na sigla em inglês), fortalecendo marcos legislativos, bem como o aumento do financiamento para a conservação e o monitoramento contínuo das políticas ambientais.

Na COP15, no Canadá, foram definidas 23 metas para 2030 que objetivam deter e reverter a perda de biodiversidade para colocar a natureza em um caminho de recuperação para o benefício das pessoas e do planeta, conservando e usando de forma sustentável a biodiversidade e garantindo a distribuição justa e equitativa dos benefícios do uso de recursos genéticos.

O GBF inclui medidas específicas, como colocar 30% do planeta e 30% dos ecossistemas degradados sob proteção até 2030, reduzir pela metade a introdução de espécies invasoras e reduzir US$ 500 bilhões por ano em subsídios prejudiciais à natureza.

Foram estipuladas também quatro metas gerais a serem alcançadas até 2050, com foco na saúde dos ecossistemas e das espécies: deter a extinção de espécies induzida pela ação humana; promover o uso sustentável da biodiversidade; garantir a partilha equitativa dos benefícios da biodiversidade e reduzir a lacuna de financiamento da biodiversidade de US$ 700 bilhões por ano.

Países amazônicos

Parlamentares amazônicos de seis países, incluindo o Brasil, entregarão uma carta aberta a Muhamad pedindo para que a declaração final da Conferência faça um apelo para que os países “saiam gradualmente dos combustíveis fósseis” na Amazônia e em outros ecossistemas.

De acordo com o documento, “a crise climática e a perda de biodiversidade estão intrinsecamente relacionadas, e a extração continuada de petróleo, gás e carvão segue sendo um dos principais motores de ambas. O vínculo entre a exploração de combustíveis fósseis e a degradação de ecossistemas não apenas agrava os impactos das mudanças climáticas, mas também coloca em risco a integridade de zonas vitais para a biodiversidade global, como o bioma Amazônico”.

A iniciativa é liderada por um Comitê da Rede de “Parlamentares por um futuro livre de combustíveis fósseis”. Ao todo, 12 congressistas assinam o documento. Além do Brasil, há signatários de Colômbia, Equador, Bolívia, Venezuela e Canadá.

*Com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Espécies novas de sapos ajudam a entender origem e evolução da biodiversidade da Amazônia

Exames de DNA feitos nos sapos apontam para um ancestral comum, que viveu nas montanhas do norte do estado do Amazonas há 55 milhões de anos, revelando que a serra daquela região sofreu alterações significativas.

Leia também

Publicidade