Segundo informações do G1, de acordo com os pesquisadores Andrea Azevedo, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), e Raoni Rajão, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a pesquisa descobriu que apenas 6% dos proprietários de terra dizem estar tomando as medidas necessárias exigidas pelo CAR para estar de acordo com as leis ambientais.
Ainda segundo os pesquisadores, outros 76% dos proprietários de terra dizem que precisariam ser obrigados pelo governo ou receber um incentivo. Há, ainda, os 18% dos produtores que dizem que não buscariam a regularização ambiental “de jeito nenhum”.
Andrea Azevedo afirma que o desmatamento variou segundo o tamanho da propriedade e no decorrer o tempo. “As propriedades menores diminuíram bastante o desmatamento logo que entraram no CAR e com o tempo foram relaxando nas medidas. No caso das médias propriedades, não foi possível verificar um efeito do CAR para o combate do desmatamento, assim como no caso das grandes, que até apresentaram um aumento em alguns casos”, explicou.
Cadastro Ambiental Rural
Criado há cinco anos, o CAR foi regulamentado apenas há três anos. É um registro público eletrônico, inspirado no sistema da Receita Federal, em que os donos de terra precisam declarar a propriedade e ceder as informações ambientais sobre ela. Isso gera uma base de controle, que pretende ajudar, entre outras metas, no controle ao desmatamento.
O também autor da pesquisa Raoni Rajão afirma que “o CAR até hoje não ajudou a reduzir o desmatamento”. “Outra coisa alarmante é ver que no processo de implementação do Código Florestal exige que as áreas desmatadas no passada sejam recuperadas com o cadastro, e estamos muito distantes deste realidade”, completou.