Fotos: Reprodução
O Dia dos Namorados é celebrado no dia 12 de junho no Brasil com muitas declarações de amor eterno. A fidelidade é um dos tópicos que envolvem essa relação, inclusive entre os animais amazônicos. Um exemplo clássico é a arara, que vive sua vida inteira ao lado do mesmo parceiro. Mas existe infidelidade no mundo animal?
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Na verdade, o conceito de “infidelidade” entre animais é diferente do sentido humano, pois para eles os sistemas de acasalamento se tratam de estratégias reprodutivas, para manter a espécie, sem necessariamente um vínculo romântico como ocorre entre seres humanos.
Por isso que alguns animais são monogâmicos, sim, mas boa parte segue a vida com múltiplos parceiros, sendo:
- poliândricos: união em que uma só fêmea é ligada a dois ou mais machos ao mesmo tempo;
- poligínicos: forma de poligamia em que um macho possui duas ou mais parceiras;
- promíscuos: indivíduo que acasala com múltiplos parceiros.
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Assim, na Amazônia brasileira, muitos animais não seguem relações monogâmicas e acabam conhecidos por sua “infidelidade” que, na verdade, trata-se de uma estratégia evolutiva comum para aumentar o sucesso da sobrevivência da espécie:
Macaco-prego (Sapajus spp.)
O macaco-prego é um desses animais “infiéis”, pois seus sistemas de acasalamento são poligínico e promíscuo. As fêmeas acasalam com múltiplos machos durante o cio. Isso pode reduzir infanticídio, pois os machos não sabem quem é o pai.
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Onça-pintada (Panthera onca)
Com um sistema de acasalamento do tipo promíscuo, tanto machos quanto fêmeas acasalam com múltiplos parceiros ao longo do tempo. A fêmea pode escolher o macho mais forte, mas copula com outros, e o macho vai embora após o acasalamento.
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Jaçanã (Jacana jacana)
Esta ave tem um comportamento poliândrico. Como a fêmea é maior e mais territorial do que os machos, diferente da maioria das aves, ela acasala com vários machos dentro de seu território. E são eles os que constroem os ninhos e cuidam dos filhotes.
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Boto vermelho (Inia geofrensis)
Os botos amazônicos tem o sistema reprodutivo promíscuo, no qual machos e fêmeas acasalam com múltiplos parceiros. Um dos comportamentos interessantes é que os machos competem entre si para conseguir “conquistar” as fêmeas. E a fêmea cria o filhote sozinha por um longo período, de 2 a 3 anos.
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