Foto: Israel Cardoso/GEA
Dados recentes do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), confirmam que o Amapá é o único estado da Amazônia Legal a alcançar taxa de desmatamento zero.
O Amapá, que será subsede da COP 30, se consolida como líder em conservação ambiental da Amazônia Legal, mantendo a menor taxa de incremento de desmatamento acumulado dos últimos anos. Esse resultado expressivo foi registrado entre julho de 2023 e agosto de 2024, um marco para a preservação dos ecossistemas florestais do estado.
“As imagens de satélite do sistema federal demonstram os esforços contínuos do estado em implementar políticas públicas que viabilizam o desenvolvimento sustentável, essencial para preservar o equilíbrio ecológico e proteger nossas florestas, especialmente em Unidades de Conservação”, afirma a secretária de Estado do Meio Ambiente, Taísa Mendonça. Ela enfatiza, ainda, que o Amapá está provando que é possível promover o desenvolvimento econômico aliado à conservação ambiental.
A conquista do Amapá é resultado de um esforço integrado e colaborativo entre diversas instituições ambientais, como a Sema, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que atua nas Unidades de Conservação e pesquisas como nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Iratapuru; a Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), que combate garimpos ilegais; e o Batalhão Ambiental da Polícia Militar, com atuação conjunta na proteção das florestas e da biodiversidade local.
O diretor de Desenvolvimento Ambiental da Sema, Marcos Almeida, explica que os dados refletem um modelo de gestão ambiental pautado em práticas de produção sustentável de floresta em pé e na integração de esforços de fiscalização.
“O índice zero de desmatamento alcançado pelo Amapá não só contribui para a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais, mas também representa uma ação concreta na luta contra as mudanças climáticas. A preservação dessas áreas é crucial para manter os estoques de carbono e reduzir a vulnerabilidade a eventos climáticos extremos, com ondas de calor, secas e chuvas extremas”, detalha Almeida.
Território preservado
Com cerca de 73,5% de seu território sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e quilombolas, o Amapá abriga um dos maiores percentuais de áreas protegidas do Brasil. Essas áreas somam aproximadamente 9,3 milhões de hectares dos 14,3 milhões que compõem o estado, reforçando seu papel na preservação da Amazônia. Atualmente, o estado conta com 21 Unidades de Conservação (UCs), que promovem um modelo de desenvolvimento sustentável.
*Com informações da Agência Amapá