De peixes transparentes à animais que inspiraram filmes, conheça espécies únicas da região.
A Amazônia é tão vasta que se torna uma “missão impossível” conhecê-la em sua totalidade. Mas isso é o que estimula pesquisadores de todo o mundo que, anualmente, surpreendem-se com descobertas inusitadas incluindo espécies de animais iniagináveis.
De peixes transparentes à animais que inspiraram filmes, conheça algumas espécies únicas da região:
Cyanogaster noctivaga, o peixe transparente
Em meados de novembro de 2011, durante uma expedição de 15 dias no município de Santa Isabel do Rio Negro, a 846 quilômetros de Manaus, no Amazonas, ocorreu a captura de um peixe transparente denominado Cyanogaster noctivaga. Com dois centímetros de comprimento, o animal nunca havia sido identificado na literatura científica, de acordo com a líder da expedição, a bióloga Manoela Marinho.
O objetivo do grupo era capturar peixes de pequeno porte. Os pesquisadores se deslocavam para diferentes áreas do Rio Negro, no município de Santa Isabel. Só foi possível capturá-los em grande parte à noite, por conta disso, foi constatado que o peixe possui hábitos noturnos.
Amblipígios e a magia de Harry Portter
Esses animais apresentam uma aparência bastante exótica, dignos inclusive de terem feito uma participação especial em um dos filmes da série Harry Potter. Os amblipígios, também conhecidos como aranhas-chicote, são muitas vezes confundidos com aranhas por pessoas leigas. Não são aranhas apesar do nome. E apesar também da aparência assustadora para algumas pessoas, esses animais não apresentam qualquer ameaça para os seres humanos, visto que não possuem veneno e se comportam como predadores de insetos, outros aracnídeos e pequenos vertebrados.
Os amblipígios possuem o corpo achatado, grandes pedipalpos (que são o segundo par de apêndices articulados e móveis que ficam na parte da frente do corpo dos aracnídeos), providos de espinhos e o primeiro par de pernas extremamente alongado e com função sensitiva. Eles ocupam diversos ambientes, tais como florestas tropicais, ambientes áridos e cavernas.
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Sapo bilíngue paraense
Uma nova espécie de sapo descoberta em 2021 por pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) foi o sapo bilíngue, como foi apelidado o sapinho da espécie Amazophrynella bilinguis. Sua incidência ocorre na Fazenda Taperinha, região de Santarém, no Pará.
A descoberta fez parte de uma expedição durante o doutoramento do professor da Universidade Federal do Amazonas, Igor Kaefer, que, desde a graduação, estuda os anfíbios e répteis, e descobriu a nova espécie por acaso. Sobre o sapo ser bilíngue, Igor ressaltou à época que todo sapo tem uma única vocalização com som próprio, o que chamam de canto de anúncio, mas no caso da descoberta, a nova espécie emitia sons diferentes.
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E aí? Que outros animais deveriam entrar para essa lista?