Pesquisa avalia potencial farmacológico e alimentício no colágeno da tambatinga

A ideia do processo de pesquisa é isolar proteínas miofibrilares e colágenos presentes em resíduos de pescado e avaliar suas potencialidades tecnológicas.

Uma pesquisa avaliou o potencial farmacológico e alimentício no colágeno do peixe tambatinga (Piaractus brachypomus). Esse colágeno adquirido a partir de resíduos do pescado pode ser aproveitado para aplicações na área médica, na composição de curativos, tratamento de queimaduras, medicamentos, cosméticos e bebidas. Esse elemento também pode ser utilizado em alimentos industrializados substituindo a gordura saturada.

O estudo que contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (FAPEMAT) e a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) campus de Barra do Bugres, e tem como um dos objetivos agregar valor aos resíduos gerados no processo de filetagem do pescado, que atualmente não tem um destino ou valor agregado.

A ideia do processo de pesquisa é isolar proteínas miofibrilares e colágenos presentes em resíduos de pescado e avaliar suas potencialidades tecnológicas. A pesquisa ‘Isolamento de proteínas miofibrilares e colágeno do resíduo de pescado e avaliação de potencialidades tecnilígicas alimentares’ avalia o processo para se obter o colágeno do peixe, como o Ph, temperatura e adição de aditivos reestruturantes.

A espécie usada foi o Tambatinga. Foto: Reprodução/Widson Ovando

Metodologia de pesquisa 

O processo se inicia com a filetagem do peixe, que gera diversos resíduos, como escamas, vísceras, barbatanas, aparas, nadadeiras, cabeça e a pele, em seguida esses resíduos são despigmentados imerso em solução de extração, o colágeno é solubilizado em solução de extração que passa por processo de coagulação e secagem, podendo ser solubilizado em água novamente.

Os resultados alcançados até o momento mostram-se promissores, tendo em vista que as proteínas extraídas apresentaram propriedades físico-químicas satisfatórias, quanto à estabilidade frente a variação de pH e adição de sal (NaCl) pois há indicativos que as proteínas mantêm as propriedades físico-químicas similar àquelas encontradas na matéria bruta usada na extração.

A pesquisa em andamento vem proporcionando também a formação e qualificação de recursos humanos, com a participação ativa de alunos dos Cursos de Engenharia de Alimentos e Engenharia de Produção Agroindustrial, ambos pertencentes a (UNEMAT), campus de Barra do Bugres, no que diz respeito a realização de trabalhos de conclusão de curso e Iniciação Científica. 

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