Foto: Reprodução/NASA
Pesquisadores da Universidade Federal do Maranhão, junto com um consórcio de empresas do setor aeroespacial, estão desenvolvendo um novo lançador de micro e nano satélites na órbita terrestre. A ideia é tornar o Estado, por meio do Centro de Lançamento de Alcântara, em um novo polo do programa espacial brasileiro.
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Duas empresas ficam responsáveis pelo desenvolvimento dos motores dos foguetes. Também serão destinados R$ 30 milhões para construção, em São Luís, de uma fábrica de propelentes, que é uma espécie de combustível para os foguetes.
Os detalhes foram dados pela ministra da Ciência, Luciana Santos, no dia 23 de janeiro, em São Luís. Ela esteve no Laboratório de Propulsão Aeroespacial, acompanhou o lançamento de um veículo lançador de satélites de pequeno porte e anunciou uma infovia, de 5.500 km de fibra óptica para Alcântara e mais 25 cidades da região.
O Centro de Lançamento de Alcântara tem uma posição privilegiada: fica a apenas 20 quilômetros de São Luís, cruzando a baía de São Marcos e somente a dois graus de latitude abaixo da linha do Equador, o que pode reduzir o custo de lançamento de foguetes em até 30%, por causa da economia de combustível.
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Segundo a ministra, até 2026, o país não vai mais precisar usar bases fora do país para lançar satélites. Outros dois projetos de veículos lançadores estão em andamento. Um deles, para transportar um veículo hipersônico que vai alcançar até 30 quilômetros de altitude. De acordo com os contratos, de mais de R$ 486 milhões, os três projetos serão lançados até o final do ano que vem.
UFMA testa propelente para foguete
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O Maranhão tem se consolidado como um importante polo da engenharia espacial no Brasil e, consequentemente, para o Programa Espacial Brasileiro, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara. Nesse contexto, a UFMA têm se destacado no desenvolvimento de tecnologias com o objetivo de atender às demandas estratégicas do país.
O propelente do Veículo Lançador desenvolvido pela Acrux Aerospace Technologies, que foi testado, integra o projeto de construção do foguete que lançará um satélite no espaço, e estima-se que 90% da massa do veículo serão desenvolvidos em território maranhense. O feito, inédito no Brasil, possibilitará que o país passe a compor um conjunto de pouco mais de dez países que possuem domínio sobre essa tecnologia.
*Com informações da Agência Brasil e Universidade Federal do Maranhão