Grupo musical rondoniense já participou do Festival Cultural do Brasil em Viena
No último dia 18 de junho foi lançado no Youtube o primeiro álbum das ‘Cunhãs-meninas da Amazônia’. É um grupo idealizado pelo produtor cultural Teimar Martins, reconhecido músico do ‘Minhas raízes’ — tradicional e conceitual — na região do Baixo Rio Madeira, em Porto Velho. Criado em agosto de 2020, o grupo ‘Cunhãs’ assume a missão de preservar os costumes e tradições culturais amazônicas.
Entre outros eventos, elas participaram, virtualmente, do Festival Cultural do Brasil em Viena, na Áustria, onde lançaram o clipe ‘Sou Amazônia’. Teimar explica que os objetivos a serem alcançados com esse projeto é “despertar o orgulho amazônico nas crianças, adolescentes e jovens, e incentivar esse público de outras regiões a valorizarem a sua identidade local e também terem cuidados com o nosso meio ambiente”.
Em 2021, Teimar Martins inscreveu o projeto no edital fomento a cultura (Lei Aldir Blanc), foi contemplado para executar a gravação de duas lives e do álbum ‘Cunhãs, meninas das Amazônia’. As apresentações ocorreram neste mês de junho. E ainda tem o novo clipe que será lançado na próxima sexta-feira (24/6) no canal no Youtube Cunhãs Meninas da Amazônia.
Filha de seringueiros torna-se doutora em educação
Neste mês de junho Rondônia ganhou uma doutora em Educação. Seria apenas mais uma não fosse o fato que Eva da Silva Alves nasceu em uma comunidade ribeirinha, com todas as dificuldades possíveis, principalmente para concluir seus estudos.
Professora graduada em Letras, defendeu seu doutorado pela Universidade do Vale do Itajaí, com a tese intitulada “Educação escolar nas comunidades rurais-ribeirinhas amazônicas do distrito de São Carlos, em Porto Velho-RO”.
Discutindo a oferta de uma educação específica ao espaço rural-ribeirinho, Eva da contribui para as reflexões acerca dos direitos e garantias básicas dessas comunidades. Ele oferece aos acadêmicos, lideranças políticas e professores de Rondônia um retrato crítico e aprofundado dos cruéis processos de subalternização a que são submetidos os alunos, pais e professores inseridos no contexto.
Eva da Silva Alves viveu a infância no seringal Rio Novo, atual Reserva Extrativista Barreiro das Antas. Filha e neta de mulheres seringueiras, sempre teve imenso desejo de estudar, mas vivendo em “colocações” de seringais esquecidas pelo poder público, teve seus direitos básicos e fundamentais negados. Por isso, precisou ir morar em Guajará-Mirim para iniciar os estudos.
Em 2019 iniciou seu percurso no doutoramento. Foi aluna bolsista da Faculdade Católica de Rondônia (FCR) e da Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa do Estado de Rondônia (Fapero). Concluiu em 2022, além do doutoramento, o curso de graduação Licenciatura em Pedagogia, pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera.
Produtora cultural
Somados aos tão importantes contributos aos estudos acadêmicos, Eva legou consideráveis momentos à cena cultural de nosso Estado. Como produtora cultural, produziu festivais: cinema, literatura e de artes integradas; produziu lives, escreveu roteiros e dirigiu documentários, além de encontrar tempo para escrever uma trilogia de livros infanto-juvenis centrados nas temáticas amazônicos, ambos lançados em 2021, também custeados com recursos provenientes da Lei Aldir Blanc.
Adeus, dom Bruno!
Morreu dia 17 o bispo emérito de Ji-Paraná (RO), dom Bruno Pedron. Ele estava com Alzheimer e câncer. Natural da Itália, ordenou-se no Brasil em 1974 e completou 78 anos de idade no último dia 3. Viveu em Rondônia desde 2007; antes havia atuado como bispo no Mato Grosso do Sul.
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