Livro revela achados milenares no Alto Rio Madeira

A obra ‘Educação Patrimonial’ destaca pesquisas feitas durante construção de usina hidrelétrica em Rondônia.

Será lançado neste mês de junho, em Porto Velho, o livro ‘Educação Patrimonial’ organizado por Ednair Nascimento e Ney Gomes. A obra acerca da arqueologia e paleontologia na região do Alto Rio Madeira é resultado de uma extensa pesquisa em que participaram arqueólogas, arqueólogos, paleontólogas e paleontólogos, além de educadores, coordenados pela empresa Scientia Consultoria Científica, durante o licenciamento para construção da Usina Hidrelétrica Santo Antônio.

Segundo Ednair, “a principal ideia do livro é levar ao grande público a possibilidade de conhecer mais sobre o passado, e ter ferramentas para olhar para o presente de forma mais crítica, usando a educação ambiental como lentes”.

Ainda de acordo com a pesquisadora, que é paleontóloga e diretora do Museu da Memória de Rondônia, “a esmagadora maioria das pesquisas em paleontologia e arqueologia preventivas ficam restritas a relatórios técnicos”. Neste sentido, o livro é também uma chance de extrapolar e dar à sociedade o que lhe é de direito: o conhecimento sobre seu passado.

A paleontóloga Ednair Nascimento, doutoranda na Universidade Federal de Rondônia. Foto: Divulgação


A história de Rondon em selos 

Biografia do Patrono das Comunicações – brasileiro indicado ao Nobel da Paz pelo físico Albert Einstein e enaltecido pelo presidente dos Estados Unidos, Theodore Roosevelt –, conta a trajetória do personagem numa criativa combinação de literatura e filatelia.

O livro “Rondon, o marechal da paz – A vida de um herói nacional contada por meio da Filatelia”, de Maurício Melo Meneses, pesquisador estabelecido em São Paulo. Com 128 páginas, leitura agradável e instigante, a obra, lançada pela Editora Mackenzie, é ricamente ilustrada por selos que retratam aspectos da vida do Marechal Rondon, dos períodos nos quais realizou seu grande trabalho que entrou para a história do Brasil.

Imagens e textos harmonizam-se e se complementam, propiciando que o leitor conheça a vida do importante personagem de maneira lúdica, informativa e didática. Na introdução, o autor salienta que falar de Cândido Mariano da Silva Rondon é essencialmente fazer alusão a um herói nacional.

O autor Maurício Melo Meneses com o seu livro. Foto: Divulgação


‘Ela mora logo ali’: filme mostra uma analfabeta apaixonada por Dom Quixote, O cavaleiro andante

Lançado no domingo, 5/6, o filme de curta-metragem “Ela mora logo ali”, no Canal Conexão Norte, do YouTube. Dirigido e roteirizado por Fabiano Barros e Rafael Rogante e fotografia de Neto Cavalcanti, o resultado ficou excelente.

O filme com cerca de 16 minutos narra, de forma poética, a vida de Nininha, que vende banana frita no semáforo. A mulher porto-velhense é negra, analfabeta e mãe de um rapaz, o Dinho, que tem deficiência física.

Encantada com o livro sobre Dom Quixote (que ela chama de “Dom Caixote”) nas mãos da passageira do ônibus circular, Nininha perde a passageira de vista, mas acaba comprando o livro numa loja — mesmo sem saber ler — e luta, sem sucesso, para que alguém leia para ela o final da história.

Como ninguém se presta a ajudá-la, a mulher reconta ao filho — que vive preso a uma cama — sua própria versão do clássico da literatura, simulando ler o que, na verdade, está na sua imaginação.

O curta é excelente em todos os aspectos: do argumento à plástica. Os profissionais envolvidos merecem muitos aplausos. Com nota 10 e honra ao mérito para a protagonista: Agrael de Jesus, que vive Nininha. Outra atriz, Marcela Bonfim, também manda muito bem! Ah, merece registro a trilha sonora do Grupo Ahata que sublinha na letra uma questão: “Quando o tempo passar, qual história você quer contar?”.

Cena do curta-metragem produzido em Porto Velho. Foto: Reprodução


Língua do povo Paiter Suruí pode virar patrimônio reconhecido pelo Iphan

O Inventário Nacional da Diversidade Linguística (INDL) acaba de incluir a língua falada pelo povo Paiter Suruí; primeiro passo pra ela virar um Patrimônio Cultural do Brasil, reconhecido pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

Os Suruí vivem em 28 aldeias que ficam na Terra Sete de Setembro, divisa entre os estados de Rondônia e Mato Grosso, totalizando cerca de 1100 pessoas. A referência é o município de Cacoal (RO). Boa parte dos indígenas utiliza a língua Paiter Suruí no cotidiano e em ocasiões especiais, tendo importância na formação da identidade do povo.

Para que o processo seja concluído, está aberta uma consulta pública até 17 de junho e, posteriormente, a questão será submetida a análise técnica.

São contabilizamos 1100 indígenas desta etnia. Foto: Júlio Olivar/Acervo pessoal


Bolívia sedia encontro ‘Sin Fronteras’ de escritores e gestores culturais da Bacia Amazônica 

Realizado no Palácio da Cultura de Guayaramerín, o encontro despertou o interesse de escritores e gestores culturais da Bolívia, Peru e Brasil moradores da Amazônia.

O Brasil esteve representado por vários professores da UNIR (Universidade Federal de Rondônia), entre as quais as doutoras Auxiliadora dos Santos Pinto (Campus Guajará Mirim) e Maria Cristina Victorino de Franca (Campus Porto Velho), junto com seus alunos de graduação e mestrado em Letras — inclusive, um colombiano e um venezuelano.

A princípio, o que seria um encontro sobre a produção literária, se revelou a partir das falas dos participantes, uma visão global de questões culturais, sociais, educacionais, políticas, econômicas e de desenvolvimento regional.

Participantes do evento internacional. Foto: Marcos Jorge Dias


Projeto escolar apresenta história de Vilhena aos alunos 

Alunos do 4º ano C vespertino da Escola Municipal “Vilma Vieira”, de Vilhena (sul de Rondônia) estão participando do projeto “Minha cidade tem história”. A iniciativa da professora Josy Mary da Rocha envolve 26 estudantes.

Saber a história de uma cidade significa preservar suas tradições e memórias. E é ótimo que isso comece desde a infância. “É uma forma de se valorizar a nossa origem e o lugar que escolhemos para viver. Trata-se de uma oportunidade única para compreender, inclusive, a nossa própria identidade”, salienta a professora Josy.

Nesta semana, ocorreu o ponto alto do projeto: as visitas a alguns pontos turístico-culturais e a apresentação de biografias dos escritores regionais, as histórias de pioneiros e de pessoas que fazem parte da história da cidade.  

Professora Josy com seus alunos. Foto: Divulgação

 Sobre o autor

Às ordens em minhas redes sociais e no e-mail: julioolivar@hotmail.com . Todas às segundas-feiras no ar na Rádio CBN Amazônia às 13h20.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista


Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Parque do Utinga bate recorde de visitantes em 2024 e projeta ações para a COP30 em Belém

Até o dia 13 de dezembro, mais de 470 mil pessoas passaram pela Unidade de Conservação (UC), superando em 40 mil o total registrado no mesmo período de 2023.

Leia também

Publicidade