“Isso é evidente sobretudo quando vão ser estruturadas atividades econômicas que possam interferir com as culturas indígenas e a suas relações ancestrais com a terra. Neste sentido, deve prevalecer sempre o direito ao consenso prévio e informado, como prevê o artigo 32 da Declaração sobre os direitos dos povos indígenas”, ressaltou.
Para o Pontífice, “não se pode permitir uma marginalização ou uma divisão de classes: primeira classe, segunda classe…integração tem que ter plena participação”.
Durante seu discurso, Jorge Mario Bergoglio ressaltou a importância dos povos indígenas para o cuidado com o meio-ambiente, tema muito caro ao líder católico e que foi o tema da encíclica escrita por ele no ano passado, a ‘Laudato si‘.
“E vocês, nas vossas tradições, na vossa cultura, vivem o progresso com um cuidado especial com a mãe terra. Neste momento em que a humanidade está pecando gravemente em não cuidar da terra, eu vos exorto para continuar a dar testemunho disso”, pediu o sucessor de Bento XVI.
Ao finalizar sua mensagem, Francisco solicitou ainda que os indígenas não usem as tecnologias que “destruam a terra, que destruam a ecologia, o equilíbrio ecológico e que atuem para destruir a sabedoria dos povos”.