A agência espacial tem instrumentos que podem ajudar a aumentar a produtividade no campo, identificar a umidade do terreno e do ar e detectar pragas.
A Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos EUA) quer ampliar a parceria com o Brasil no monitoramento do desmatamento da floresta amazônica e em ações de preservação. O administrador da Nasa, Bill Nelson, se reuniu com o presidente Lula, nesta última semana, no Palácio do Planalto, em Brasília, para tratar da cooperação aeroespacial entre Brasil e Estados Unidos.
O administrador da Nasa lembrou que, há 37 anos, fez um sobrevoo no espaço e conseguiu observar a destruição da floresta e a sedimentação na foz do Rio Amazonas, resultado do desmatamento.
Em outro exemplo de possível parceria, Nelson explicou que a agência espacial tem instrumentos que podem ajudar a aumentar a produtividade no campo, que identificam a umidade do terreno e do ar e detectam pragas. Bill Nelson visitou as instalações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Embraer, em São Paulo.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, explicou que qualquer tipo de parceria no monitoramento das florestas depende do aval das autoridades científicas que acompanham a política aeroespacial brasileira, que podem apontar a real necessidade de utilização desses equipamentos e sistemas e a viabilidade de cruzamento de informações.
Ela lembrou que, em breve, deve entrar em operação um novo radar sintético que possibilitará a captação de imagens através das nuvens e que o Inpe “continua firme e forte fazendo o dever de casa” na qualificação de informações para o combate ao desmatamento na Amazônia.
Um dos interesses do Brasil é que as autoridades americanas observem as potencialidades da indústria brasileira na área espacial, como a capacidade de produção de equipamentos para a Nasa.
A reunião no Palácio do Planalto durou cerca de uma hora e meia, ocasião em que Nelson presenteou Lula com uma foto da última missão da Nasa à Lua, entre novembro e dezembro do ano passado, com um foguete não tripulado.