Mário Costa Cóvas – Um empresário na história comercial do Amazonas

Empresário importante e de elevada expressão na história da Associação Comercial do Amazonas, trabalhou incessantemente na melhoria da atividade comercial da cidade de Manaus.

Se pretendem fazer silenciar a sua voz, para afirmar que ele não se dedicou na vida empresarial do Amazonas, fiquem convencidos que sua vida está marcada na nossa história. Afinal, bastará para o homem consagrar-se nos anais de sua vida empresarial, ter lutado por uma causa nobre.

Sonhar e acreditar. Dessas duas qualidades resultam as realizações sociais e os afazeres do espirito humano, fatores indispensáveis para a perpetuação das aspirações e das possibilidades efetivas para existência humana.

A existência é fruto do diálogo com o passado e das projeções em relação ao futuro. Há quem construa, na trajetória da vida, uma rica história, introduzindo-se no mundo empresarial. Mario Costa Cóvas pode assim apresentar-se até os dias atuais. 

Mário Costa Cóvas. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

Empresário importante e de elevada expressão na história da Associação Comercial do Amazonas, trabalhou incessantemente na melhoria da atividade comercial da cidade de Manaus. Homem de elevada categoria, figura no primeiro plano dos empresários do nosso comércio, devendo essa situação magnifica unicamente ao seu trabalho, ao seu infatigável esforço e sua profunda retidão em todos os atos de sua vida, em quanto viveu entre nós. 

[…] A família Covas é originária de Pontevedra, na Espanha. Dentre os representantes ilustres no Brasil, encontra-se o ex-governador de São Paulo, Mário Covas Júnior. 

No âmbito local, o nosso Mário Costa Cóvas, nasceu em Manaus, em 15 de agosto de 1917, filho da espanhola Aurélia Costa Cuevas. Mário Costa Cóvas, cujo nome foi adaptado para o Brasil, teve origem humilde, autodidata, movido pelo espírito empreendedor, tornou-se piloto de avião na década de 1940, tornando-se anos depois presidente do Aeroclube do Amazonas. 

Mário Cóvas, destacou-se junto à sociedade amazonense pela condição de comerciante arrojado. Foi sócio cotista da empresa A.Bernardino & Cia Ltda. Em 16 de abril de 1944, juntamente com Thales de Menezes Loureiro, fundou a M. Costa & Loureiro, primeira predecessora da empresa T. Loureiro. 

Ainda no mesmo ano, em 1°. de novembro de 1944, formalizou juntamente com outros sócios: a Empresa LOJAS UNIDAS LTDA., que composta pelas casas comerciais “Casa 22 Paulista”, “Palácio da Moda”, “Dragão dos Tecidos”, “Exposição Avenida”, além da “Príncipe Materiais de Construção”, foi esta empresa atuante junto à Associação Comercial do Amazonas – ACA, assim como também participou da fundação do Clube dos Diretores Lojistas de Manaus – CDLM, em 10 de outubro de 1963. 

Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

Mário Cóvas foi pioneiro da modernização do comércio varejista em Manaus. Membro fundador e da primeira diretoria do Sindicato do Comércio Varejista do Amazonas e também do Sindicato Retalhistas do Amazonas, dos empresários comerciantes de vestuário.

Em 23 de março de 1974, aos 57 anos de idade. Em 23 de março de 1974, aos 57 anos de idade, doente de câncer, faleceu de em sua residência na Rua Monsenhor Coutinho, Centro, de infecção renal, deixando 5 (cinco) filhos.

Neste ultimo dia 23 de março completou-se 48 anos da sua partida, seu filho Mário Lúcio Cóvas destaca o reconhecimento da Associação Comercial do Amazonas quanto à atuação inovadora de seu pai no comércio local e da importância da valorização de sua memória. [..]¹

*Professor Mário Lúcio Cóvas ¹ 

Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

 Mário Costa Cóvas- O Pedreiro da Arte Real

Iniciado maçônicamente na grande Benemérita Loja Simbólica Amazonas nº 2. Como aprendiz no dia 20/08/1966, foi elevado ao grau de companheiro no dia 13/10/1966. Colou o grau de mestre maçom no dia22/12/1966. 

Um autêntico e dedicado à cauda maçônica de outrora. Pertenceu avelha guarda dos trabalhadores da arte real que muito se entregou e contribuiu enquanto permaneceu entre nós. Durante toda sua vida participou e atuou nos seus deveres maçônicos e dos menos favorecidos.

Foto: O Malho, Ed. 46 ano XLI – novembro de 1943/Instituto Durango Duarte

Dos seus inúmeros afazeres diários dedicava o seu precioso tempo para desempenhar suas obrigações maçônicas e dos seus parcos recursos nunca se recusou a atender aos desvalidos com toda simplicidade que lhe era peculiar. Naquele período, a maçonaria amazonense trabalhava permanentemente nas lojas, em um desdobramento continuo de atividades em prol do crescimento do simbolismo maçônico, ele de certo, ocupou lugar na primeira fila e como combatente marchou sempre na vanguarda com uma participação efetiva e dedicada. Estudioso dos ensinamentos da arte real e conhecedor da legislação da época trabalhou muito para manter a maçonaria em destaque.

Como bom soldado da arte real não poupou esforços para ser útil aos seus irmãos e as lojas que frequentava. Procurava de toda forma exprimir o conceito de que a maçonaria não era apenas um motivo de encontro entre osirmãos, mas sim um trabalho voltado aos menos favorecidos, não viveu dela, mas viveu para ela, consagrando grande soma de suas energias ao bem-estar dessa instituição.

Os rios não bebem sua própria água, as árvores não comem seus próprios frutos, o sol não brilha para si mesmo e as flores não espalham suas fragrâncias para si, vive para os outros é uma regra da natureza, a vida é boa quando você esta feliz, mais a vida é boa quando os outros estão felizes por sua causa.

Bem haja a memória de Mário Costa Cóvas, o Pedreiro da Arte Real. 

Sobre o autor

Abrahim Baze é jornalista, graduado em História, especialista em ensino à distância pelo Centro Universitário UniSEB Interativo COC em Ribeirão Preto (SP). Cursou Atualização em Introdução à Museologia e Museugrafia pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas e recebeu o título de Notório Saber em História, conferido pelo Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (CIESA). É âncora dos programas Literatura em Foco e Documentos da Amazônia, no canal Amazon Sat, e colunista na CBN Amazônia. É membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), com 40 livros publicados, sendo três na Europa.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista 

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