Profissionais em falta para o trabalho home office

Estamos vivendo uma nova ordem de mercado de trabalho, que precisamos estar alinhados, com novos cursos e conhecimentos.

Temos ouvido falar que o mercado home office e híbrido é um novo sistema de contratações e isso é uma realidade que vai nos acompanhar por um longo tempo de hoje em diante. Com essa nova tendência mundial, também surgem os prós e contras para quem recruta profissionais para trabalharem nesses novos moldes.

Junto a essa mudança real de mercado, temos presenciado o surgimento de funções nunca antes vistas, envolvendo, principalmente, a área de tecnologia. Entretanto, ela não é a única nesse contexto. Seguindo esse novo formato, áreas destinadas a funções administrativas e tecnológicas são as que têm despontado o nível de contratações.

Foto: Pixabay

Mesmo que estejamos em tempos de poucas vagas, de forma surpreendente, outras sobram e dificilmente são preenchidas. Esse é o reflexo de todas as mudanças sociais, culturais e mercadológicas que temos vivido de tempo em tempo.

Nesse artigo vou destacar as principais áreas que as empresas mais têm tido dificuldade para contratar para o formato home office ou híbrido.

Especialistas em marketing digital 

Apesar de ser uma área que tem se tornado muito popular de tanto ser falada e comentada em rodas de conversas e meios de comunicações, há uma grande escassez de profissionais com conhecimentos nela. Para preencher essas demandas, muitas empresas têm optado por contratar profissionais de Marketing, mesmo que sem tanto conhecimento no digital. Entretanto, o resultado não tem sido positivo o quanto se esperava, considerando que a dinâmica Marketing X Marketing Digital é diferente, havendo mecanismos e engrenagens de análises que diferem um do outro.

Além da necessidade de conhecimentos no digital, estatística, matemática e projeções também são temas fundamentais para esse novo tipo de profissionais, o que cria a complexidade de achar profissionais com esse perfil. Normalmente, há especialistas nesses assuntos, porém, em cada um deles. É raro encontrar alguém com todos eles ao mesmo tempo.

Além dessas particularidades, os poucos profissionais especialistas dessa área acabam rejeitando ofertas de empregos CLT, optando por atuarem de forma autônoma ou liberal, podendo, assim, atender mais de uma empresa ao mesmo tempo ou até mesmo por conta própria (com um negócio próprio).

Desenvolvedores mobile 

Outra área com escassez é a de desenvolvimento mobile, que está diretamente ligada à tecnologia e que atende todos os segmentos empresariais, do privado ao terceiro setor. Sendo a área com maiores salários, registra um alto índice de vagas não preenchidas em todo o país, registrando nível mais crítico nas regiões norte e nordeste.

O profissional especialista desse nicho de empregabilidade tem a atuação com o desenvolvimento, testes funcionais, manutenções, correções e adequações de sistemas tecnológicos que servem para controles internos de empresas e instituições. Com a atuação completa na área de desenvolvimento, acaba se torno um profissional raro e disputado por organizações.

Além da falta em si de profissionais para a área, muitos dos que já atuam também têm optado por trabalharem por conta própria, abrindo o próprio negócio ou atuando como prestador de serviço.

Na área de tecnologia, principalmente, a contratação CLT tem registrado significativa queda. 

Engenheiro(a) agrônomo(a) digital

Essa é a área com maior destaque e uma surpresa que mostra que o novo mercado já é uma realidade em nosso país, que é marcado pelo agronegócio. Com salários significativos, são profissionais que têm sido buscados em regiões como Europa e América do Norte justamente pela falta de mão-de-obra local.

Para atuar nesse setor é necessário ter conhecimentos em engenharia agronômica, estatística e agricultura digital, este último sendo um novo polo para os profissionais da área. Se trata de projetar fazendas com o uso de novas tecnologias para observações, análises críticas e produtivas. Você já viu, em propagandas, plantios sendo monitorados com o uso de drones? Pois é…. mas vai além disso. O tempo de maturação de produção, estudos de variações e possibilidades de melhorias contínuas também são fatores trabalhados pela tecnologia.

Além disso, conhecer de vegetais e plantios também são dois pontos cruciais para quem quer atuar na área.

Ao bem da verdade, estamos vivendo uma nova ordem de mercado de trabalho, que precisamos estar alinhados, com novos cursos e conhecimentos.

E então? Para onde vamos? 

Sobre o autor 

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Especialista em Soluções de Recolocação Profissional.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

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