Fatores que atrapalham a produtividade de profissionais: Presencial X Home office

Nesse artigo não vou falar apenas do home office, mas sim de uma visão completa dele e do tradicional, com comparações percentuais de como a produtividade era e tem se tornado ao longo dos meses.

A produtividade na carreira de um(a) profissional é o ponto chave para determinar se chegaremos ao topo desejado ou não. A cada dia que passa, temos novas tendências de mercado de trabalho, novas tecnologias e mudanças sociais profundas, considerando fatores como comportamento, consumo e todos os demais que determinar novos costumes.

Com os tempos de pandemia, vimos o home office surgindo como a grande tendência de mercado de trabalho. Entretanto, por ser um assunto relativamente novo para nós, precisamos entender a complexidade desse novo modelo de dia-a-dia profissional. Por estarmos acostumados com a maneira tradicional de trabalho, a presencial, muitos fatores do home-office ainda são estranhos aos nossos olhos.
Nesse artigo não vou falar apenas do home office, mas sim de uma visão completa dele e do tradicional, com comparações percentuais de como a produtividade era e tem se tornado ao longo dos meses.
Foto: Mohamed Hassan/Pixabay

Excesso de reuniões 

As reuniões excessivas sempre foram motivo de perda de produtividade no trabalho presencial, quando eram realizadas duas ou três por dia sem haver uma efetiva necessidade emergencial para isso. Depois que surgiu a pandemia, as empresas que mantiveram esse mesmo ritmo tiveram um pulo de 12% para 35% de perda de produtividade.

Esse pulo percentual, assustador até, se deu por alguns motivos, sendo o principal de que as reuniões ocorrem sempre em um ambiente virtual, que dependente do bom desempenho de internet para poder acontecer. A questão nisso tudo é que, se for uma reunião com 04 pessoas, nem sempre todas estão com a internet rápida. Dessa forma, surge a necessidade de um esperar pelo outro. Isso praticamente triplica o tempo de espera para o começo de reuniões.

Considerando esse novo contexto que temos vivido, a forma ideal para as reuniões continuem acontecendo sem que gerem perdas de produção, é que haja um planejamento antecipado para definir uma reunião por dia, onde haverão todas as definições necessárias do dia, havendo espaço planejado para reuniões emergenciais, em casos de extrema necessidade.

Adiar tarefas difíceis

Atividades com maior complexidade são sempre complicadas, entretanto, precisam ser feitas. Pelo tamanho do trabalho, podemos ficar cansados só de pensar, não é verdade? Mas para isso, há uma estratégia interessante: executá-lo por partes, fazendo um pouco agora, depois de 20 minutos mais um pouco, depois de 20 minutos mais um pouco. Em breve, teremos todo o trabalho concluído sem mesmo percebermos. Dessa forma, usando a estratégia de pouco a pouco, nosso cérebro não ficará cansado em pensar nele.

No trabalho tradicional (presencial), a perda de produtividade em adiar tarefas difíceis girava em torno de 24%. No home-office, esse percentual pulou para 48%. Isso se dá pelo fato de quando estamos em casa, podemos criar a falsa sensação de que o ambiente é mais tranquilo, mais fácil em lidar. Entretanto, se não conseguimos manter um ritmo interessante de produtividade, teremos muitos trabalhos pendentes em médio prazo. Isso pode dificultar muito o atingimento de metas.

Fazer várias coisas ao mesmo tempo

Você já ouviu que as mulheres têm a capacidade de desenvolver várias atividades ao mesmo tempo, não é mesmo? Entretanto, na prática do dia-a-dia profissional precisamos ter cautela com esse conceito. O cérebro humano funciona por departamentos que organizam informações e procedimentos de trabalho. 

Se qualquer ser humano iniciar um trabalho e mais um ou dois ao mesmo tempo, a tendência de perda de eficiência e produtividade pode girar em torno de 17%. É natural que isso aconteça porque num espaço de 100% de atenção, nós estaremos dividindo por dois ou três, o que pode reduzir essa atenção de forma significativa.

No trabalho presencial, essa prática faz perder 17% de produção. No home-office, acumulado com as demandas domésticas de afazeres de casa, filhos (se tiver) ou qualquer outra desatenção, ele pode pular para 25%. Por isso, o ideal é que, quando iniciarmos um trabalho, façamos até o fim ou dividido em partes, como o método para trabalhos mais difíceis. 

Redes sociais 

Historicamente as redes sociais geram perda de produtividade no dia-a-dia profissional. No trabalho presencial, o percentual de perda gira em torno de 20%. No home-office, 32%. Esses percentuais mostram que é necessário termos um planejamento de tempo quanto a isso, definindo horários específicos para que hajam os acessos.

Entre as categorias dessa perda de produtividade estão os acessos aleatórios, para verem o que as pessoas estão postando, a elaboração de publicações, comentários e participações em debates sobre assuntos diversos.

É claro que para profissionais que atuam diretamente com redes sociais, esse conceito não se aplica devido a necessidade de estar online ser efetiva.

Sobre o autor

Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Comentarista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista 

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