Vamos falar sobre esse assunto, hoje, mostrando o outro da situação, onde muitos profissionais conseguem criar suas oportunidades com base em…… ABORDAGENS
No processo de recolocação existem várias etapas: de um currículo bem elaborado para atrair a atenção de quem vai selecionar até a preparação para entrevista. Entretanto, com todas essas etapas, tem uma que define o sucesso da recolocação: uma abordagem bem feita. Ela abre portas. Na realidade, as escancara.
Em muitos casos, profissionais são contratados por terem uma boa abordagem, que faz o(a) recrutador(a) se encantar com as palavras que são ditas ou expressões de impacto que são usadas. Muitos processos seletivos contratam profissionais não pelas suas experiências, mas pelas suas formas de exporem essas mesmas experiências, porém com doses de encantamento, despertar de curiosidade e chamada de atenção de quem pode contratar.
Quando nos referimos às abordagens, podemos imaginar frases prontas e colocações que aparentemente são boas: “sou muito proativo”, “sou determinado”, “consigo aprender facilmente”. Mas não é isso que o(a) entrevistador(a) quer ouvir ou ler. Precisamos fugir das abordagens clichês, que já são praticadas por muitos.
Vamos para a prática?
Se você conhece ou tem acesso a alguém que pode contratar, é fundamental estudar um pouco da história daquele(a) profissional. A abordagem em si não necessariamente será pedindo um emprego ou uma oportunidade, mas sim falando um pouco da sua história e destacando os bons feitos.
Essas pesquisas podem ser feitas por redes sociais, jornais, matérias diversas em meios de comunicações ou até mesmo uma publicação sobre algum assunto específico.
Exemplo:
– Abordagem 1: Estudei um pouco sobre você e vi que você conseguiu alcançar esse, aquele ou aquele outro êxito. É inspirador o fato de saber disso e por isso gostaria muito de fazer parte da sua equipe.
– Abordagem 2: É muito bom poder acompanhar as suas atividades. São exemplos de atuação profissional. Será que possível eu participar disso tudo?
– Abordagem 3: Tenho muita vontade de ser referência também, assim como você é na sua área de atuação. Quando será que terei a oportunidade de fazer isso acontecer? Tenho muita vontade, mas falta a porta aberta. Será que você pode ser essa porta aberta?
Com essas direções de abordagens, estamos falando sobre a pessoa, não de um emprego ou oportunidade em si. Isso cativa, conquista e atrai. Esse é o grande Q da questão: atrair pessoas. Esses exemplos são muito parecidos com casos que profissionais procuram especialistas em RH e abordam situações como “Com toda a sua experiência, acha que o meu currículo está bom? O que me sugere a mudar, acrescentar ou retirar?”. Uma abordagem assim é a mesma coisa que dizer “Estou disponível, receba o meu currículo”, porém, com outras palavras. Você se aproxima sem pedir nada. Dessa forma, podemos imaginar o quanto vamos agir diferente de muitos, que enviam contatos pedindo algo? Isso chama a atenção.
Levando em consideração que pedir nunca é bom, podemos criar outras abordagens focadas em se disponibilizar de maneira “invisível”, diferente, desafiante e chamadora.
Vamos ver mais alguns exemplos de abordagens:
– Abordagem 4: Vi que você atua com seleção de profissionais. Veja o meu currículo. Gostaria muito que, com sua experiência, me dissesse o que posso melhorar para me tornar necessário para o mercado.
– Abordagem 5: Para chegar onde está, com certeza muitas pessoas acreditaram em você. Essas pessoas se tornaram referências para a sua vida profissional. E gostaria que você fosse uma dessas pessoas na minha vida. O que acha dessa ideia?
Se for alguém que já passou por muitas dificuldades e você tomou conhecimento disso, pode “passar o laço” no sentimental também. Olha só:
– Abordagem 6: Assim como você já pode ter pensado, eu também estou querendo desistir. Mas quando lhe vejo em uma posição de destaque e decisão, renovo minhas forças. Por isso, estou mais uma vez tentando criar a oportunidade para fornecer minhas habilidades para o mercado. O que a acha de pagar para ver?
Pessoas que selecionam são seres humanos e possuem sentimentos também, negativos e positivos. Quando praticamos abordagens como esses exemplos que estamos falando, despertamos coisas boas nelas. Dessa forma, a possibilidade para a abertura de portas é grande. Mas se criarmos abordagens que muitos já fazem, despertamos o lado negativo e de rejeição. Imaginamos quantas abordagens iguais profissionais que contratam recebem todos os dias? Se agirmos como mais um no meio de muitos, não teremos destaque algum.
Sabe aquele profissional que vemos e pensamos “Mas como ele consegue isso com o mercado desse jeito, com poucas vagas e muitos concorrentes?”, ou “O que ele faz para se destacar, meu Deus?”? Abordagens….. esse é o grande segredo. Muitas vezes, esse profissional nem tem tanta experiência, mas é tão envolvendo no diálogo que acaba criando a sua própria oportunidade.
Para fazer isso é necessário ter muita “cara de pau” (rsrsrs). A ousadia é necessária. É isso que nos destaca no meio das massas. Muitas pessoas podem achar você malandro(a), mas normalmente quem acha isso não decide contratações. Então, nem devemos levar em consideração. Dessa forma, o nosso conceito de ir e fazer precisa ser colocado em prática. É claro que muitos gestores podem não gostar das abordagens ousadas, porém, é minoria. Assim como a democracia, tudo na vida gira em torno da maioria. Se você tem maioria, você está aprovado(a).
Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Articulista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.