Nesse artigo, vamos tratar sobre os principais fatores que precisamos analisar para não cairmos em propostas que aparentemente são muito boas e elaboradas.
Um período de crise de desemprego é solo fértil para golpistas e estelionatários enganarem pessoas e faturarem alto se aproveitando da boa fé de profissionais que buscam recolocações no mercado de trabalho. A cada dia, surge um golpe novo, com uma nova forma e modus operadins.
Entre os anos de 2015 a 2019, até o final de dezembro, os golpes aumentaram em 548%, se comprado à proporcionalidade de cada ano. É um número alarmante e que nos faz ter que criarmos métodos de prevenção.
Nesse artigo, vamos tratar sobre os principais fatores que precisamos analisar para não cairmos em propostas que aparentemente são muito boas e elaboradas.
Quando vemos anúncios de vagas com propostas de pagamentos ou cursos a serem adquiridos e pagos, o alerta vermelho deve ser ativado. Além disso, outras formas também são praticas pelos golpistas que atacam pessoas desempregada. Vamos a elas?
“Participe do processo seletivo após se atualizar no curso X”: se você ler essa proposta, seja por e-mail ou via mídias sociais, recuse no ato. Processos seletivos não são realizados com a condição de atualizações de cursos, ainda mais sendo pagos. Em quase todos esses casos, o/a profissional paga o valor do tal curso e depois a “empresa” some, não dando qualquer satisfação ou retorno. Os valores giram, quase sempre, em torno de 50 a 150 reais.
“Há um valor simbólico para participar do processo seletivo para custearmos a estrutura de entrevista”: golpe na certa. Nunca houve, em qualquer circunstância, a cultura de fazer o/a candidato/a à vaga pagar pela estrutura da empresa ao realizar entrevistas de empregos.
“O valor que será pago para participar da entrevista será revertido para causas sociais”: nenhuma empresa legitimamente constituída contribui com causas sociais através de valores pagos por candidatos/as a vagas de empregos.
“Precisamos deixar o seu cartão de crédito cadastrado para uma contribuição se for recolocado/a”: esse também é bem comum. Ao “cadastrar” o cartão de crédito do/a profissional, em seguida os golpes efetuam pagamentos e compras pela internet, que terá de ser paga após 30 dias. No final desse período, o/a profissional recebe a sua fatura e não consegue entender as compras efetuadas. Aí começa aquele longo pedido de cancelamento e estorno, que envolve a pessoa de nome posse do cartão, a empresa que vendeu e operadora financeira.
E-mails não oficiais da empresa
Antes de falar sobre esse fator, precisamos lembrar que muitos profissionais e empresas usam, sim, e-mails que podem não ser oficiais, quando se trata de algum processo seletivo confidencial. Entretanto, esse tipo de golpe também é praticado por alguns. Para identificar se é algum processo seletivo confidencial, devemos analisar os seguintes pontos:
– Há uma arte bem elaborada e profissional no anúncio da vaga? Há cores, formatação do anúncio e descrições específicas sobre os requisitos da função?
– Já viu esse anúncio em mais de um meio de comunicação ou divulgações?
– Esse anúncio está em algum site confiável de empresas de recrutamento e seleção?
– Essa informação está sendo divulgada por alguém de sua confiança?
Se as respostas para essas perguntas forem sim, a tendência é que não seja golpe. Se, em algumas delas for não, devemos recuar no mesmo momento.
Clique no link
Não clique. Esse é o tipo de golpe mais convencional realizado através de e-mails. No contato, a pessoa envia um link para o/a profissional clicar e “participar do processo”. Ao clicar, todas as informações que o golpista quer são enviadas de alguma forma para um computador ou celular, havendo acesso a senhas de contas em bancos, confidencialidade de e-mails e acesso ao computador.
Por se tratar de um tipo de golpe antigo e muito praticado, muitas empresas não fazem mais processos seletivos dessa forma, sabendo que muitos já estão em alerta e não vão clicar, mesmo que seja efetivamente para participar do processo. Dessa forma, definem outras estratégias para captar profissionais.
Todo cuidado é pouco. Lembramos que não é somente pessoas desempregadas que são o público-alvo desses crimes, mas quem está empregado também.
Flávio Guimarães é diretor da Guimarães Consultoria, Administrador de Empresas, Especializado em Negócios, Comportamento e Recursos Humanos, Articulista de Carreira, Emprego e Oportunidade dos Jornais Bom Dia Amazônia e Jornal do Amazonas 1ª Edição, CBN Amazônia, Portal Amazônia e Consultor em Avaliação/Reelaboração Curricular.