Litorina da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré: vagão é memória viva da história de Rondônia

Com mais de 100 anos de existência, a litorina servia, dentre outras coisas, para transportar salário de operários. Passeios ainda estão suspensos.

Alguns elementos das cidades como prédios, esculturas e monumentos ajudam a contar a história de um local. É assim com a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), em Porto Velho, Rondônia, considerada um ícone ferroviário mundial.

Até hoje, é possível observar e contemplar a litorina que fica nos trilhos da estrada e era utilizada como transporte turístico até pouco tempo.

O Portal Amazônia conta a história da litorina:

Foto: Divulgação/Governo de Rondônia

Contexto histórico

A litorina é em um pequeno vagão ferroviário que era utilizado para transportar, no ciclo da borracha, o salário de funcionários da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, além de engenheiros, médicos e outros profissionais. 

Vale lembrar que a estrada de ferro, também conhecida como “Ferrovia do Diabo”, foi inaugurada em 1912, por conta da necessidade de aumentar a colheita do látex da borracha. 

Foto: Divulgação/Governo de Rondônia

Contudo, só proporcionou grandes lucros nos primeiros dois anos de seu funcionamento, devido ao declínio da borracha na Amazônia, ocasionada pela produção intensiva da borracha natural na Ásia.

A litorina utilizada para os passeios é datada de 1932 e movida a diesel. Por isso, historicamente, a litorina, assim como a estrada de ferro como um todo, simbolizam a história viva portovelhense. 

Passeios

Depois de perder sua primeira função, a litorina passou a fazer parte das opções turísticas de Porto Velho. 

O passeio na litorina inicia da Igreja de Santo Antônio, próximo do Memorial Rondon, e vai até o Casarão dos Ingleses, construído ainda no século XIX. É um percurso de mais de dois quilômetros com duração de 15 a 20 minutos, que suporta até 15 pessoas.

Porém…

O passeio aconteceu por alguns meses durante 2017, mas foi suspenso para reforma. Foi reinaugurada em junho de 2019 e contou com a presença de 2 mil pessoas, no entanto quebrou novamente menos de quatro meses depois. Desde então, o passeio turístico está suspenso.

Foto: Divulgação/Governo de Rondônia

Mas calma. A Prefeitura de Porto Velho informou em nota ao Portal Amazônia que o espaço está sendo revitalizado: 

“O complexo turístico da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, em Porto Velho, local em que fica a litorina, assim como parte do acervo histórico da lendária ferrovia, está em processo de revitalização. A previsão é que a obra seja concluída nos próximos meses”,

informou a assessoria.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Professor amazonense é selecionado como embaixador em Harvard e representará o Brasil nos EUA

Dalmir Pacheco, do IFAM, foi selecionado para ser um dos cinco embaixadores brasileiros na Brazil Conference at Harvard & MIT 2025.

Leia também

Publicidade