Mulheres da terra: Conheça o trabalho de benzedeiras, parteiras e rezadeiras em comunidades do Amazonas

Raimunda Custódio tem 64 anos e é conhecida como 'mão de santo': "Tudo que eu tenho foi Deus que me deu". Nazaré Cavalcante tem 62 anos e é conhecida como Irmã Nazaré: "Mas o dom veio de Deus". Nerli Couto tem 75 anos e é conhecida como 'mãe velha': "É um dom que Deus dá e Ele fala com a gente".

As três mulheres possuem muito mais que a fé em comum. O trio compartilha atividades tradicionais no Amazonas, pois fazem o trabalho de parteiras, benzedeiras, rezadeiras e "puxadoras".

Suas histórias são contadas no documentário 'Mulheres da terra', que registra - nas comunidades do Divino Espirito Santo no Careiro da Várzea, e na Vila de Paricatuba em Iranduba - o resgate das histórias e a força de mulheres que realizam atividades tradicionais que lutam para permanecerem vivas em meio a modernidade.

A produção é do cineasta amazonense Anderson Mendes, da Branca³ Filmes, que reúne as histórias das atividades que tem resistido graças a mulheres como Nerli, Raimunda e Nazaré, através de gerações no interior da Amazônia. "A pandemia de Covid-19 atingiu fortemente os idosos na primeira e segunda onda. Uma das nossas preocupações foi com o registro das histórias de vida dessas mulheres que fazem um trabalho tão importante e simbólico no interior da Amazônia", conta Anderson.

Anderson Mendes assina roteiro, montagem, direção e produção executiva do curta-metragem, a direção de fotografia ficou por conta de Arnaldo Bentes. A produção também teve a coordenação de Jorgemar Monteiro, acompanhado de Paulina Denis e Keylla Gomes. A montagem, finalização e edição é de Icaro Lobo e a trilha sonora é assinada por Zeca Santos.

O projeto foi contemplado pelo Programa Cultura Criativa – 2020/Lei Aldir Blanc – Prêmio Encontro das Artes, do Governo do Estado do Amazonas, com apoio do Governo Federal - Ministério do Turismo - Secretaria Especial da Cultura, Fundo Nacional de Cultura.

Assista o documentário completo: