Weverton e Thiago Maia garantem medalhas da Amazônia na Rio 2016

Foram 17 dias de um sonho que se transformou em realidade. A primeira edição dosJogos Olímpicos no Brasil em toda a história chegou ao fim. No total, 15 atletas da Amazôniafizeram parte deste momento histórico. Coube ao esporte mais popular do país, o futebol, garantir as duas medalhas da região na competição: o goleiro Weverton, do Acre, e o volante Thiago Maia, deRoraima, garantiram o ouro.


Um dos heróis do ouro, Weverton é festejado após o título contra a Alemanha. Foto: Ricardo Stuckert/CBF

De Rio Branco para o mundo, o ‘paredão’ Weverton, de 27 anos, sequer participaria da Olimpíada. Mas uma lesão no goleiro titular do Brasil, Fernando Prass, abriu uma lacuna na camisa 1. E o técnico Rogério Micale concedeu ao acreano, que nunca havia sido convocado para a seleção, o desafio de parar os adversários.

A seleção masculina foi duramente criticada no início da competição, mas um dos jogadores passou praticamente ileso: Weverton. Não sofreu gols na primeira fase e chegou até a final, contra a Alemanha, sem ser vazado por cinco jogos.

Tudo bem, o gol do alemão Max Meyer, no tempo normal da decisão, acabou com a invencibilidade. Mas a história terminou com final feliz: Weverton foi um dos heróis do ouro ao defender a penalidade de Nils Petersen. Na comemoração do inédito título para o Brasil, Weverton desfilou pelo campo com a bandeira do Acre.

O protagonismo do goleiro acreano foi tão grande que quase esquecemos o nome de Thiago Maia. Ele teve sua importância na caminhada do ouro, afinal, foi titular nos dois primeiros jogos da seleção. Quis o destino que ele ficasse suspenso para o terceiro jogo, contra a Dinamarca. Walace entrou em seu lugar e não saiu mais, deixando o roraimense no banco.

Apesar disso, o garoto revelado na escolinha do Extremo Norte, em Boa Vista, fez história. Foi a primeira participação de um atleta de Roraima na história da Olimpíada. E logo na estreia, uma medalha de ouro tão saborosa.


De Roraima, Thiago Maia foi titular nos dois primeiros jogos do Brasil na Olimpíada. Foto: Ricardo Stuckert/CBF

Destaques

Outros atletas da Amazônia também se destacaram na Rio-2016. Não há como esquecer Ana Paula Rodrigues, maranhense do handebolEla foi artilheira do Brasil em três das quatro vitórias do Brasil na primeira fase. Nas quartas de final veio a derrota para a Holanda. A medalha não veio, mas a atuação da atleta de São Luís cativou os torcedores brasileiros.

O amapaense Venilton Teixeira, do Amapá, também chegou perto. Aos 20 anos, ele disputou sua primeira Olimpíada e colocou o Amapá pela segunda vez na história do evento. Ele derrotou o israelense Ron Arias nas oitavas de final. Nas quartas, perdeu para o mexicano Carlos Valdez, o mesmo que o havia eliminado no Pan de Toronto, em 2015.

Decepções

Da pequena Primavera do Leste, em Mato GrossoAna Sátila era grande esperança de medalha nacanoagem slalom. Aos 20 anos, ela é considerada uma das maiores promessas da modalidade. No entanto, a responsabilidade se transformou em frustração. A revelação amazônida cometeu um erro na classificatória e sequer avançou para a semifinal.

O veterano Julião Neto, do Pará, também protagonizou uma eliminação precoce. Logo em sua primeira luta no peso mosca (até 52 quilos), o paraense de 35 anos foi derrotado pelo norte-americano Antonio Vargas, de apenas 20. Uma despedida melancólica dos Jogos Olímpicos na carreira.

Valeu a participação

Outros nove atletas da Amazônia competiram na Olimpíada: Iziane (basquete), Clemilda Fernandes(ciclismo), Daynara de Paula e Luiz Altamir (natação), Pedro BurmannJosé Carlos ‘Codó’ Joelma Sousa (atletismo), Lucianne Barroncas (polo aquático) e Ian Matos (saltos ornamentais).

Com o fim da Olimpíada, as atenções agora se voltam para os Jogos Paralímpicos. O número de amazônidas é parecido: são 16 atletas da região na Paralimpíada. O evento é de 7 a 18 de setembro, também no Rio de Janeiro.

Confira a posição do Brasil no quadro de medalhas da Olimpíada Rio 2016

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