Paralimpíada Rio 2016: amazonenses ganham medalha e Amazônia bate recorde

Foram onze dias intensos, de grandes histórias e conquistas. Mas assim como a Olimpíada, os Jogos Paralímpicos no Brasil também chegaram ao fim. E a despedida não poderia ser melhor: dois atletas do Amazonas ganharam medalha. Laiana Batista, do vôlei sentado, e Guilherme Costa, do tênis de mesa, voltam pra casa com medalha de bronze. 

Laiana Rodrigues (camisa 12) volta pra casa com medalha histórica no vôlei sentado. Foto: Marco Antônio Teixeira/CPB

A participação brasileira na primeira Paralimpíada em casa resultou em muitos recordes. O mais expressivo deles foi o total de 72 medalhas no quadro geral, superando quase em dobro o recorde anterior. As seis medalhas obtidas por atletas da Amazônia também representam um novo recorde.

A distribuição das medalhas pela região impressiona. Cinco dos sete estados da Região Norte ganharam medalha, com destaque para as duas do Amazonas. Curiosamente, elas foram obtidas no mesmo dia, o penúltimo dos Jogos, no sábado (17).

Guilherme Costa ajudou o Brasil a vencer a Eslováquia e ficar com o bronze por equipes na classe 1-2 do tênis de mesa. No primeiro jogo, o amazonense jogou em duplas com Iranildo Espínola e venceu Jan Riapos/Rastislav Reducky por 3 sets a 2.

No segundo jogo, Guilherme perdeu para Jan Riapos por 3 a 1, adversário que já havia eliminado o amazonense no torneio de simples. Entretanto, no terceiro e decisivo jogo, Iranildo venceu por 3 a 2 e garantiu a medalha para o Brasil – e consequentemente para o Amazonas.

Guilherme Costa (à esq.) ganha medalha em sua primeira participação na Paralimpíada. Foto: Francisco Medeiros/Ministério do Esporte

A também amazonense Laiana Batista fez parte de outro momento histórico: a primeira medalha da história do Brasil no vôlei sentado. O Brasil venceu a Ucrânia por 3 a 0 e levou o bronze no feminino.

Laiana jogava vôlei convencional dos 14 aos 18 anos, mas abandonou as quadras quando contraiu dengue hemorrágica. A doença causou uma sequela na perna direita da atleta, conhecida como Síndrome de Guillain Barret. No vôlei sentado, ela reencontrou seu amor pelo esporte e coroou a trajetória de superação com um bronze paralímpico.

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