A participação brasileira na primeira Paralimpíada em casa resultou em muitos recordes. O mais expressivo deles foi o total de 72 medalhas no quadro geral, superando quase em dobro o recorde anterior. As seis medalhas obtidas por atletas da Amazônia também representam um novo recorde.
A distribuição das medalhas pela região impressiona. Cinco dos sete estados da Região Norte ganharam medalha, com destaque para as duas do Amazonas. Curiosamente, elas foram obtidas no mesmo dia, o penúltimo dos Jogos, no sábado (17).
Guilherme Costa ajudou o Brasil a vencer a Eslováquia e ficar com o bronze por equipes na classe 1-2 do tênis de mesa. No primeiro jogo, o amazonense jogou em duplas com Iranildo Espínola e venceu Jan Riapos/Rastislav Reducky por 3 sets a 2.
No segundo jogo, Guilherme perdeu para Jan Riapos por 3 a 1, adversário que já havia eliminado o amazonense no torneio de simples. Entretanto, no terceiro e decisivo jogo, Iranildo venceu por 3 a 2 e garantiu a medalha para o Brasil – e consequentemente para o Amazonas.
A também amazonense Laiana Batista fez parte de outro momento histórico: a primeira medalha da história do Brasil no vôlei sentado. O Brasil venceu a Ucrânia por 3 a 0 e levou o bronze no feminino.
Laiana jogava vôlei convencional dos 14 aos 18 anos, mas abandonou as quadras quando contraiu dengue hemorrágica. A doença causou uma sequela na perna direita da atleta, conhecida como Síndrome de Guillain Barret. No vôlei sentado, ela reencontrou seu amor pelo esporte e coroou a trajetória de superação com um bronze paralímpico.