Em entrevista ao canal Amazon Sat, Chamusca revela que teve propostas de outros clubes – especialmente do Nordeste – e tinha o aval do Guarani para seguir no cargo, mas decidiu rumar para Belém. “O Guarani acenou com a continuidade, mas eu escolhi o Paysandu e o Paysandu me escolheu. Primeiro pela estrutura, mesmo sendo numa região onde é difícil pelo poder econômico. Temos um campo bom de treinamento, departamentos em atividade, fisiologia, análise de desempenho…é um projeto com continuidade”, disse o comandante.O treinador de 50 anos também engrandece o atual clube, considerado o maior da Região Norte. “Estou muito feliz por estar em Belém. É uma oportunidade ímpar que o Paysandu está me proporcionando em treinar o time com a história, com a paixão desse torcedor. Isso dá uma motivação muito grande”.Na Região Norte, Chamusca é carrasco do Nacional do Amazonas. Na Série D de 2013, o clube de Chamusca na ocasião, o Salgueiro, eliminou o Leão no mata-mata e conseguiu o acesso à terceira divisão na sequência. “São lembranças positivas de 2013 desses confrontos com o Nacional. Na sequência, contra o Plácido de Castro, conseguimos o acesso. Isso marcou a minha carreira”, relembrou.No primeiro semestre, Chamusca e o Paysandu já terão duas competições: a Copa Verde e o Campeonato Paraense. Na Copa do Brasil, o Papão já está automaticamente garantido nas oitavas de final. “Nesse primeiro momento, nosso desafio é construir nosso modelo, nosso padrão de jogo. A gente tem que buscar títulos pelo tamanho e pela história do clube”.Pelo menos um time titular inteiro já foi contratado pelo Paysandu neste início de ano. O lateral-direito Ayrton, do Figueirense, e o atacante Bergson, do Náutico, são alguns dos destaques do ‘pacotão’. “Eu gosto de mesclar jogadores experientes e jogadores do estado, que já têm uma identificação com a cidade, além de dar oportunidade pros mais novos. Essa mescla tem um resultado interessante”, disse Chamusca.
No Paysandu, o treinador terá essa oportunidade. Entre os reforços para 2017 também estão jovens do futebol paraense, como o trio Andrelino, Juninho e Samuel, da Desportiva Paraense, que já foram integrados ao time profissional.