Medalhista paralímpico do Amazonas vive auge da carreira e já projeta Tóquio-2020

Guilherme Costa fez história no esporte amazonense em 2016. Primeiro atleta amazonense a ganhar uma medalha olímpica ou paralímpica – assim como Laiana Rodrigues, do vôlei sentado -, o mesatenista teve o ano dos sonhos, mas já determinou uma nova meta: disputar uma nova Paralimpíada, desta vez em Tóquio, daqui a três anos.

Guilherme Costa (à esq.) ganhou medalha em sua primeira participação na Paralimpíada. Foto: Francisco Medeiros/Ministério do Esporte
Hoje radicado em Brasília, Guilherme ajudou o Brasil a conquistar o bronze por equipes na classe 1-2 do tênis de mesa paralímpico. “Foi uma conquista que, sinceramente, eu ainda não entendi as proporções dela. Fui a Manaus duas vezes depois da conquista. Na primeira, soube que eu e a ‘Lala’ [Laiana] fomos os primeiros amazonenses a ganhar uma medalha olímpica. Isso me deixou muito orgulhoso”, disse em entrevista ao canal Amazon Sat.

A analogia de Guilherme para a conquista da medalha não poderia expressar melhor sua paixão. “Foi o melhor mês da minha vida. É como se um músico tocasse no Rock in Rio durante um mês. Mais feliz do que esse momento que vivi, talvez só o nascimento de um filho”, comparou.


 
‘Rockstar’ da mesa, Guilherme aos poucos está voltando à ativa após a conquista olímpica. “A gente deu uma pausa pós-Olimpíada, principalmente eu que estava precisando. Já eram oito anos sem parar de pensar em tênis de mesa. Agora em janeiro voltei ao treino físico e a ideia é voltar pra mesa em fevereiro”, contou.

Para o novo ciclo olímpico, Guilherme deve deixar Brasília. Tudo indica que o amazonense irá morar em São Paulo, local para onde o centro de treinamento da modalidade foi transferido. “A ideia é seguir um novo ciclo, que é Tóquio-2020. Eu quero sentir de novo o gostinho de uma Olimpíada”.

No Japão, o amazonense projeta resultados ainda melhores. “Vou estar mais velho, com essa bagagem de uma Olimpíada em casa. Se Deus quiser, vou chegar no Japão comendo sushi e ganhando de todo mundo”, brincou, antes de retificar. “Mas não é melhor do que um tambaqui assado”.

Mesmo longe de Manaus, Guilherme carrega consigo o sangue baré. Até mesmo na preparação para os jogos na Paralimpíada. “Que me perdoe o ‘contrário’, mas eu escutava música do Garantido antes de jogar. Tenho muito orgulho de ser amazonense. Vou continuar honrando com muito suor e trabalho o povo amazonense e esse carinho de vocês por mim”.

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