A equipe masculina de basquetebol em cadeira de rodas da Associação dos Deficientes Físicos do Pará (ADFPA) ficou em sétimo lugar no Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão de Basquete em Cadeira de Rodas, disputado em São Paulo (SP), do dia 28 de novembro até o último dia 4 de dezembro. Com a colocação, a ADFPA se mantém na primeira divisão da modalidade, como a única equipe da Região Norte na elite do basquete em cadeira de rodas.
Dos 12 paratletas da equipe, 10 são beneficiados com o Programa Bolsa Talento, da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), que incentiva o esporte de alto rendimento. A Seel também apoiou a equipe com o custeio de passagens aéreas.
O outro time paraense que disputou a competição foi o All Star/Banco da Amazônia, que ficou em 10º lugar e não conseguiu permanecer na primeira divisão. O campeão do torneio foi o Magic Hands, de Santo André (SP). Do primeiro ao quarto colocado, todos são times paulistas, o que evidencia o domínio de São Paulo na modalidade.
Desempenho
A ADFPA perdeu seus dois primeiros jogos, mas conseguiu se recuperar na partida decisiva. Na estreia, em 30 de novembro, foi derrotada por 54 a 48 pela equipe da ADFEGO, de Goiânia (GO). No dia 1º de dezembro, perdeu por 27 a 83 para o Gadecamp, de São Paulo. No dia 2, entrou na disputa do 5º ao 8º lugar. No primeiro jogo, perdeu para o CBPRN Tigres, de Natal (RN), pelo placar de 50 a 70.
No dia 3, a equipe paraense disputou o jogo decisivo, sua última oportunidade de permanecer na elite nacional do basquete em cadeira de rodas. Diante da ADFEGO, o time do Pará se superou e venceu por 52 a 40, conquistando a sétima colocação na competição e a permanência na primeira divisão brasileira.
A equipe da ADFPA está desde 2015 na primeira divisão. Nessa trajetória, o time conquistou a divisão de acesso e chegou à terceira divisão. Logo, subiu para a segunda e, finalmente, entrou na divisão de elite.
Para Valdir Moura, presidente da ADFPA e técnico do time masculino, 2016 foi um ano para alcançar metas. “Este ano foi muito positivo. A gente treina o ano todo visando esta posição, e nosso objetivo foi concluído, que era permanecer na primeira divisão. Um dos nossos objetivos para o próximo ano é melhorar a nossa colocação”, disse o técnico.
“Somos o único time do norte na divisão de elite. Nossa responsabilidade aumenta, o nível exigido é muito alto e buscamos sempre galgar mais pontos. Estamos precisando de cadeiras novas para melhorar o desempenho’, acrescentou Valdir Moura, que pretende recorrer aos incentivadores da modalidade, como a Seel, para conseguir novos equipamentos.
Metas
Os planos para 2017 incluem alcançar uma colocação mais alta na elite da modalidade e trazer para Belém um dos jogos da primeira divisão, além de realizar o campeonato paraense.
Valdir Moura, que há oito anos está na diretoria da Confederação Brasileira de Basquetebol de Cadeira de Rodas (CBBC), disse estar ansioso para mostrar a estrutura que o Pará dispõe.
“Vou tentar trazer ano que vem algum jogo da elite para Belém. Temos a Arena Guilherme Paraense pronta e equipada, só esperando. Vamos lutar para isso. Temos times de basquete masculino e feminino muito bons aqui, então vamos tentar trazer alguns desses para cá. Vai ser motivo de orgulho trazer o campeonato brasileiro, e a nossa responsabilidade como equipe vai ser maior ainda”, reiterou o técnico.
Atualmente, o basquete em cadeira de rodas masculino tem cerca de 100 clubes em atividade, enquanto no feminino são apenas sete equipes.