“O avião deveria ter reabastecido em Bogotá”, mas seguiu até Medellín, afirmou ao diário Página Siete Gustavo Vargas, representante da companhia aérea. A principal hipótese para o acidente é falta de combustível do avião fretado que transportava a delegação da Chapecoense e jornalistas desde a cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, onde havia chegado após voo comercial procedente de São Paulo.
“O piloto é quem toma a decisão de não pousar porque pensou que tinha combustível suficiente”, insistiu Vargas. De acordo com o funcionário, “no plano de voo havia a opção de a aeronave parar em Cobija (fronteira boliviana com o Brasil), mas logo se falou da opção de Bogotá para reabastecer”.
Muitas perguntas a serem respondidas
Uma investigação está em andamento pelas autoridades colombianas, com a ajuda de técnicos da Direção Geral de Aeronáutica Civil da Bolívia. “Temos que investigar o motivo do piloto ter decidido ir direto a Medellín”, explicou Vargas.
A investigação se baseia a partir “de provas técnicas, documentais e de rigor” do avião acidentado, uma aeronave BA 146, que caiu na noite de segunda-feira para terça-feira em uma remota zona a 3.300 metros de altura quando estava chegando ao destino, o aeroporto de Rionegro, nos arredores de Medellín. Alfredo Bocanegra, diretor da Aeronáutica Civil da Colômbia, declarou que “não se compreende como o piloto não se declarou em emergência se estava sem combustível”.
O avião caiu com 77 pessoas a bordo: 68 passageiros e nove tripulantes, dos quais sobreviveram seis: três jogadores, uma comissária de bordo, um técnico de voo e um jornalista, todos internados em hospitais perto de Rionegro.
A cidade de Medellín fez na noite de ontem uma homenagem às vítimas da tragédia no estádio Atanasio Girardot, às 18h45 locais, 21h45 de Brasília, mesmo horário em que seria iniciada a partida de ida da final contra o Atlético Nacional.