Plantio de feijão se inicia em 15 comunidades indígenas de Boa Vista neste 2° semestre de 2022

O feijão caupi é uma cultura menos exigente em água, podendo ser plantado no último mês do período de chuvas.

Com apoio da Prefeitura de Boa Vista, 15 comunidades indígenas do município iniciaram o plantio de 32 hectares de feijão caupi neste 2º semestre do ano. A comunidade Mauixi, localizada na região do baixo São Marcos iniciou com dois hectares do feijão, cuja colheita beneficiará 46 famílias que moram no local, sendo que sete delas atuam diretamente no projeto.

Comunidade Mauixi, localizada na região do baixo São Marcos iniciou o plantio de dois hectares do feijão, cuja colheita beneficiará 46 famílias. Foto: Katarine Almeida/Semuc/PMBV

O trabalho é coordenado pela Secretária de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI), que faz o preparo do solo e plantio, fornece sementes, fertilizantes e assistência técnica. Tuxaua da comunidade Mauixi desde 1984, Abel Mafra é um dos que acreditam na cultura de grãos como o feijão.

“Recebemos o plantio de feijão, que vai ajudar no sustento da nossa comunidade. A prefeitura prometeu e cumpriu nos ajudando com o preparo do solo, trazendo todo maquinário necessário e os fertilizantes e sementes. Agora vamos cuidar dessa plantação”, disse o tuxaua.

O trabalho é coordenado pela Secretária de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI), que faz todo o apoio logístico. Foto: Katarine Almeida/Semuc/PMBV

A mecanização é feita em parceria com a prefeitura por meio da SMAAI, utilizando tratores, grades aradora e niveladora, plantadeiras, além do transporte de 19 toneladas de adubos e sementes. O planejamento logístico ajuda na otimização do tempo para o plantio e garante a distribuição correta dos insumos no solo.

“Com essa estrutura, diariamente conseguimos plantar dois hectares em até três comunidades diferentes. A comunidade Darôra foi contemplada com oito hectares. A secretaria trabalha durante todo o ano para o fortalecimento de 17 comunidades indígenas, com plantio principalmente de milho no primeiro semestre e após o período chuvoso com a cultura do feijão e outras, como mandioca, macaxeira, hortaliças, melão e melancia”, disse o técnico em agropecuária da SMAAI, Ariosto Aparecido.

Comunidades indígenas vem trabalhando antecipadamente com a preparação de solo e também na incorporação do calcário. Foto: Katarine Almeida/Semuc/PMBV

De acordo com o secretário adjunto de Agricultura e Assuntos Indígenas, Cezar Riva, a agricultura depende do clima, sendo que algumas culturas se desenvolvem melhor no período de chuvas e outras não são tão dependentes de água, bastando irrigação por gotejamento. A secretaria divide as culturas em dois períodos visando obter produtos de qualidade e com boa produtividade durante todo o ano.

“Na comunidade do Mauixi, como nas demais, trabalhamos antecipadamente com a preparação de solo e incorporação de calcário. Neste momento estamos plantando o feijão, que é uma cultura de ciclo de produção mais rápido e boa produtividade, podendo ser consumido ou comercializado tanto como feijão verde, vagem ou feijão seco que pode ser armazenado por alguns meses, contribuindo para a alimentação das famílias, inclusive em períodos de entressafras”, disse o secretário.

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