A figura paterna é tão importante para o desenvolvimento da criança quanto a materna, é o que dizem os especialistas
Quem disse que o Programa Família que Acolhe é só para mamães? Os papais não só são bem-vindos, como também são essenciais para o desenvolvimento da criança em sua fase mais importante da vida. E neste Dia dos Pais (14 de agosto), a campanha Pacto Pela Paternidade Boa completou um ano.
Esta é uma iniciativa que vem incentivando uma maior participação do pai na rotina dos filhos, seja nos encontros da Universidade do Bebê (FQA), na escola, nas consultas médicas ou na convivência do dia a dia.
O paizão, que é uma verdadeira fonte de inspiração e o criador da campanha no município, é o prefeito da Capital da Primeira Infância, Arthur Henrique. Pai de quatro meninas, ele sabe bem a sua importância na vida de cada uma delas e chama todos os homens, novamente, para se unirem neste pacto.
“Quero novamente chamar atenção sobre como podemos evoluir ainda mais para oferecer atenção e cuidado aos primeiros anos de vida, que são os mais importantes na vida de uma pessoa. Agosto é o Mês da Primeira Infância e também o mês dos pais. Eu, no meu papel de prefeito, homem e pai de quatro filhas, gostaria de tomar partido dessa dupla celebração. Precisamos participar mais dos cuidados com as crianças desde o pré-natal até a adolescência”, declarou Arthur.
Para o autônomo Helton Batista, 36 anos, mesmo com a rotina agitada do trabalho, o tempo com seu filho Heitor Burum, de 2 anos, é sagrado. O pai é exemplo quando o assunto é participação nas rodas de conversas da Universidade do Bebê. Além de buscar ainda mais conhecimento para cuidar e zelar pela qualidade de vida de seu único filho, também é uma forma de fortalecer esse laço paternal.
“A partir do momento que ele nasceu, nossa vida mudou. Ser pai é uma missão muito especial, cada dia é um novo aprendizado com o nosso filho. Há anos não tinha uma criança na família e o Heitor veio trazer alegria. A prefeitura entrou na nossa vida para somar. O Família que Acolhe hoje atende tantas crianças e o Heitor faz parte disso. Tanto eu como minha esposa marcamos presença em todos os encontros”, disse.
Um recente diagnóstico colocou a família à prova. Heitor tem um grau leve de autismo, não fala e às vezes têm crises. É neste momento que a família agradece por estarem contando com o apoio de um dos mais completos programas de Primeira Infância do Brasil.
“O Helton é um exemplo de paternidade ativa. Eu sempre uso esse termo, porque existem muitos pais, mas poucos são ativos na vida da criança. Ele participa dos encontros e me explica quando chega, leva o tema para gente praticar em casa. Ele é participativo em tudo, vai nas reuniões da escola, nas terapias do Heitor, nos encontros do FQA. Dou graças a Deus pelo pai que ele é”, disse a esposa Aline Cristine Feitosa, 30 anos, mãe de Heitor.
Família que Acolhe: fortalecendo vínculos entre pais e filhos
O vínculo da mãe com o bebê já começa na gestação. Porém, o vínculo com o pai se consolida após o nascimento e vai se fortalecendo à medida que a criança cresce. Em um dos temas da Universidade do Bebê, “O Papel do Pai: resgatando valores“, mostra exatamente a importância desse papel na construção da personalidade do filho, bem como no fortalecimento do vínculo, o brincar como forma de estreitar laços afetivos.
“A criança precisa entender que existe uma outra figura importante no desenvolvimento dela. E por muitos anos, a gente cresce vendo que o pai é importante para o sustento da família. Mas vai muito além disso. Hoje a gente consegue sensibilizar mais a participação dos pais dentro dos encontros e essa campanha vem fortalecer isso”, disse a secretária adjunta de projetos Especiais, Valéria Reinbold.
Segundo pesquisa feita pela academia americana de ciências National Academy of Sciences, homens que se tornam pais tendem a ficar menos agressivos e mais sensíveis. Para a criança, a presença paternal é essencial para seu desenvolvimento cognitivo e socioemocional, além de ajudar na formação da sua personalidade.