Universidade paraense é destaque internacional em produção científica sobre biodiversidade

A UFPA se destacou como uma das instituições que mais contribuíram para a geração de conhecimento, refletindo o impacto e a relevância de suas pesquisas na Amazônia.

Foto: Clarté/Ascom Ufpa

A Universidade Federal do Pará (UFPA) emergiu como uma das principais instituições latino-americanas na produção científica sobre biodiversidade, segundo o Relatório publicado pela editora holandesa Elsevier.

O documento Biodiversity research in 2024: a global perspective with focus on Latin America analisou aproximadamente 137 mil artigos publicados, entre 2019 e 2023, em periódicos indexados na base de dados Scopus, revelando que a América Latina respondeu por 11% da produção científica global na área durante o período. A UFPA destaca-se na nona posição geral e como primeira instituição da Pan-Amazônia.

O relatório destaca que o Brasil é o principal protagonista na região, responsável por 43,5% dos artigos publicados. Essa produtividade coloca o país em uma posição de liderança, à frente de outras nações, e reforça sua importância global, figurando como a quinta nação mais prolífica, atrás apenas dos Estados Unidos, da China, do Reino Unido e da Alemanha.

A UFPA se destacou como uma das instituições que mais contribuíram para a geração de conhecimento, refletindo o impacto e a relevância de suas pesquisas na Amazônia.

Além de uma produção quantitativa expressiva, os estudos brasileiros também demonstraram alta qualidade, como evidenciado pelo Índice de Citações Ponderado por Campo (FWCI). Com um FWCI de 1,24, a produção científica sobre biodiversidade no Brasil está acima da média global, indicando que as pesquisas desenvolvidas têm sido amplamente reconhecidas e citadas por outros cientistas.

A pesquisa em biodiversidade na América Latina, conforme o relatório, é notavelmente colaborativa: 51% dos artigos publicados foram resultado de parcerias internacionais, e 8,5% das publicações foram citadas em documentos relacionados a políticas públicas. Esse dado ressalta o papel fundamental da ciência latino-americana na formulação de políticas ambientais e sociais.

A biodiversidade da América Latina, especialmente da Amazônia, possui um valor incomensurável. A região abriga uma vasta porção das florestas tropicais do mundo e uma rica variedade de espécies. Contudo enfrenta desafios críticos, como a perda de 94% da vida selvagem, registrada entre 1970 e 2024, segundo o WWF.

*Com informações da UFPA

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