Foto: Reprodução
A Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) lançou o livro digital ‘O Piquiá da Amazônia: Contribuições sobre a biologia e aplicações biotecnológicas’, no qual reúne contribuições de docentes, pesquisadores e estudantes da Ufopa e de outras instituições de ensino superior com um panorama abrangente sobre o Caryocar villosum (Aubl.) Pers., conhecido como piquiá da Amazônia.
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Publicado pela Editora da Ufopa, o livro foi organizado pelo professor doutor Élcio Meira da Fonseca Júnior, do curso de Biotecnologia do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef), e está estruturado em nove capítulos, abordando temas como morfologia, fenologia, germinação e produção de mudas, seleção de matrizes e aplicações biotecnológicas.
“A publicação foi idealizada com o objetivo de disponibilizar informações sobre essa espécie pouco estudada em comparação ao pequi do Cerrado (Caryocar brasiliense Camb.), destacando seu potencial de uso sustentável e econômico”, explica Élcio Fonseca.
Livro também faz alerta

A publicação também traz um importante alerta sobre o reduzido número de indivíduos jovens e os fatores responsáveis pela dificuldade de restabelecimento de populações naturais de piquiá, observados na comunidade de Piquiatuba, localizada na Flona do Tapajós, Oeste do Pará.
Entre os destaques, o fruto do piquiá é apresentado como matéria-prima para alimentação, produção de óleo com fins medicinais, sabonetes, sabão, licor e subprodutos para alimentação animal. Além disso, o último capítulo discute o uso da madeira na fabricação de móveis, evidenciando seu design diferenciado e características únicas.
Para o professor, a obra representa uma importante contribuição para o estudo e aproveitamento sustentável de espécies amazônicas, reforçando o papel da Ufopa na pesquisa científica e inovação tecnológica voltada à biodiversidade regional.
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“Em um contexto marcado por mudanças climáticas, a COP 30 pela primeira vez na Amazônia e a crescente importância da bioeconomia, a obra busca fornecer subsídios para pesquisas, conservação e desenvolvimento de produtos derivados do piquiá”.
*Com informações da Ufopa
