Foto: Rodrigo Cabral/MCTI
O grupo Ecoguardiões, da Região Norte do Brasil, levou o prêmio de melhor projeto de combate à desinformação sobre mudanças climáticas no Hackaton Pop. A premiação foi entregue no dia 7 pela ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, durante cerimônia na 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), realizada no Museu Nacional da República, em Brasília..
O grupo vencedor, composto por estudantes do 1º ano do ensino médio da Escola Estadual Eliana Socorro Pacheco Braga, em Manaus (AM), desenvolveu um jogo digital em que um tucano chamado A missão de Supi (“Verdade”, na língua indígena Nheengatu) combate notícias mentirosas na Reserva Florestal Adolpho Ducke, onde eles moram.
“Na luta contra a desinformação, na luta para que a verdade sobressaia, a ciência tem se mostrado essencial. Por isso nós promovemos a semana nacional e por isso estamos promovendo essa competição. Então, nós precisamos de vocês, a próxima geração, para defender com unhas e dentes o futuro”, afirmou a ministra Luciana Santos.
Nesta edição, o tema foi “Combate à Desinformação sobre Mudanças do Clima: promovendo a integridade da informação”. Este é o segundo Hackaton Pop organizado pelo MCTI e o primeiro em âmbito nacional.
Divididos em cinco grupos de três a cinco alunos e um professor cada, 27 estudantes estruturaram soluções para a resolução de problemas identificados em suas realidades sociais. Os projetos foram analisados por representantes das organizações apoiadoras e ministérios parceiros.
Cada grupo de alunos, que cursam entre o 8º ano do ensino fundamental e o ensino médio da rede pública de ensino, representa uma região do país. O grupo da Região Norte é de Manaus (AM), do Nordeste é de São José de Ribamar (MA), do Sul é de Campo Belo do Sul (SC), do Sudeste é de Campinas (SP) e do Centro-Oeste é de Inhumas (GO).
O Hackaton Pop é organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), Secretaria de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (SPDIGI) e Ministério da Educação (MEC). A atividade contou com apoio do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), Secretaria Nacional de Juventude (SNJ), da Secretaria-Geral da Presidência da República, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Instituto Vero e Instituto Alana.
O jogo
O jogo A Missão de Supi tem como cenário o mapa do Museu da Amazônia – Musa, que ocupa 100 hectares da Reserva Florestal Adolpho Ducke, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA, em Manaus. “Devido às queimadas e às fumaças, a reserva tem diminuído muito ao decorrer do tempo. Isso é preocupante. E, por conta do desmatamento e das pessoas que tomam o território, tem diminuído rápido ao decorrer dos anos”, relatou Ana Gabrielle.
Eduardo Batista, também do time, conta que o principal objetivo do protótipo é trazer, em cada fase, questões sobre como funcionam as fake news para que, no fim, o jogador esteja informado, letrado digitalmente e saiba como identificar e não acreditar em notícia falsa. “Cada fase conta um aspecto de uma fake news, sendo a primeira a expressividade. Na última, juntamos cada uma das características para que o jogador possa ver mesmo como funciona uma notícia falsa”, explicou o estudante.
O personagem principal do jogo é Supi, um tucano que exerce papel importante na arborização da Amazônia. O inimigo dele é o mentiroso Dr. News, celular que usa das redes sociais para espalhar peças de desinformação sobre a questão climática. Para ajudar o tucano na busca pela informação confiável, o jogador deve acertar o máximo de questões acerca da veracidade das perguntas exibidas na tela — e denunciá-las quando for o caso.
*Com informações do MCTI e Secom PR