Primeira turma: 16 indígenas de seis etnias em São Gabriel da Cachoeira concluem mestrado

Formação será celebrada no 'II Seminário de Direitos Humanos, Estado e Cidadania: Formação Indígena e Desafios da/para Cidadania', que ocorre entre os dias 26 e 30 de maio.

Reitoria da Ufam, em Manaus. Foto: Reprodução/Rede Amazônica AM

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) informou que celebra a formação da primeira turma de mestrandos indígenas do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), no município de São Gabriel da Cachoeira (SGC). No total, 16 pesquisadores indígenas, representantes de seis etnias distintas do Alto Rio Negro, concluem sua formação acadêmica levando os saberes tradicionais de seus povos para os espaços da ciência, da educação e da formulação de políticas públicas.

Esta conquista é celebrada no ‘II Seminário de Direitos Humanos, Estado e Cidadania: Formação Indígena e Desafios da/para Cidadania’, que ocorre entre os dias 26 e 30 de maio, reunindo lideranças indígenas, autoridades governamentais, representantes acadêmicos, militares e de órgãos federais.

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O evento reconhece e valoriza o protagonismo dos povos originários na produção de conhecimento, reafirmando que o território também é espaço de ciência, resistência e futuro.

A Mesa de Abertura contará com a presença de Joênia Wapichana, presidenta da FUNAI e primeira mulher indígena eleita deputada federal no Brasil, além de Dadá Baniwa, coordenadora regional da FUNAI no Rio Negro.

Também participam o prefeito de São Gabriel da Cachoeira, Egmar Saldanha, representantes das Forças Armadas, do Ministério da Educação, da FOIRN e da CAPES, além de acadêmicos e cientistas indígenas reconhecidos internacionalmente, como Prof. Dr. Altair Seabra de Farias (Kambeba), o Prof. Dr. João Paulo Barreto (Tukano) e Prof. Dr. Silvio Sanches Barreto (Bará), os últimos vinculados ao BRAZIL-LAB de Princeton University, nos Estados Unidos.

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O seminário também conta com a presença do Prof. Dr. Pedro Diaz Peralta, pesquisador internacional da Universidad Complutense de Madrid, especialista em saúde pública e em políticas de proteção dos conhecimentos tradicionais, que introduziu no Brasil os debates sobre o Protocolo de Nagoya, fundamental para assegurar os direitos dos povos sobre seus saberes relacionados a plantas medicinais, práticas de cuidado e biodiversidade, temas que estão diretamente presentes em diversas dissertações desta turma de mestrandos indígenas.

A universidade também destaca a autorização federal para a implantação do novo campus da Ufam em São Gabriel da Cachoeira. O novo campus representará, segundo a instituição de ensino, “uma mudança estrutural na educação superior da região, promovendo acesso, desenvolvimento, inclusão e soberania intelectual para os povos do Alto Rio Negro e de toda a Amazônia”.

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*Com informações da Ufam

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