Fórum de Integração das Universidades Estaduais da Amazônia é realizado em Belém; confira a programação

O evento, em preparação à COP 30, vai debater ciência e saberes amazônicos no futuro da sociodiversidade regional.

Fortalecer o protagonismo da ciência e dos saberes amazônicos no futuro da biodiversidade e da sociodiversidade regional, a fim de garantir aos amazônidas uma participação mais ampla, ativa, coletiva e qualificada na 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém (PA).


Esse é o objetivo do ‘I Fórum de Integração das Universidades Estaduais da Amazônia: Saberes, Ciência e Propostas Regionais’, organizado pelo Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Amazônia, que ocorrerá nos dias 23 e 24 de novembro, no Beira Rio Hotel, na capital paraense.
Foto: Bruno Cecim/Agência Pará

O Fórum de Integração será aberto ao público em geral. As inscrições, gratuitas, já estão abertas

Além da anfitriã, a Universidade do Estado do Pará (Uepa), o evento reunirá as seguintes instituições: Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (Uemasul), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Entre elas, há em comum a institucionalidade como universidade, o fato de serem entidades da esfera estadual e a condição de amazônidas.

Da programação da manhã do dia 23 de novembro consta a mesa institucional ‘Reitores e Reitoras das Universidades Estaduais da Amazônia’, seguida pela Comunicação da Presidência do Fórum e da Conferência de Abertura ‘A Amazônia e as Mudanças Climáticas’. 

Na tarde do mesmo dia, das 14 h às 18 h, também ocorrerão os seguintes Grupos de Trabalho: ‘Saúde e Ambiente’; ‘Créditos de Carbono’; ‘Educação Ambiental’; ‘Práticas relacionadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Desenvolvimento Sustentável (bioeconomia e energias renováveis)’.

No dia 24 de novembro, pela manhã, serão realizados debates internos aos Grupos de Trabalho, enquanto à tarde ocorrerá plenária com apresentação das propostas, mesa de encerramento com os reitores das e programação cultural. 

Iniciativa coletiva

Conforme o reitor da Uepa, Clay Chagas, o Fórum de Integração possui “extrema relevância”, pois é o primeiro lançamento conjunto das Universidades Estaduais da Amazônia em prol de um debate coletivo e integrado. 

“Há um esforço mútuo das universidades para cooperar na questão do ensino, da pesquisa e da extensão. Mas, principalmente, a cooperação em ensino e pesquisa, voltada para os temas inerentes à questão da Amazônia, que é pertinente para as seis universidades que fazem parte desse convênio”,

afirma.

Em agosto deste ano, a Uepa e as Instituições de Ensino Superior (IESs) dos Estados da região amazônica assinaram um Termo de Cooperação para atender às necessidades de uma rede de desenvolvimento tecnológico e científico sustentável, de apoio entre as universidades da Amazônia.

Entre seus objetivos, o evento se propõe a ser uma preparação para a COP 30, que reúne anualmente lideranças mundiais para debater soluções destinadas a conter o aquecimento global e criar alternativas sustentáveis.

“Nós, como universidade, vamos participar ativamente desse processo. Mostraremos as linhas prioritárias das quais as seis universidades têm cooperado, e isso facilitará, mais tarde, para que a gente possa melhor estar inserido na proposta da COP 30”,

destaca o reitor da Uepa, que também preside o Fórum de Reitores das Universidades Estaduais da Amazônia.

Protagonismo 

O diretor de Desenvolvimento à Pós-Graduação da Uepa e integrante da comissão organizadora do evento, professor Willame Ribeiro, aborda a relevância de o Fórum de Integração ser executado a partir da perspectiva de articulação regional, em favor do protagonismo da ciência e dos saberes locais.

Para ele, é fundamental que a Amazônia “seja pensada a partir de agentes e de atores locais e regionais, para que os interesses regionais possam ser devidamente atendidos. Por mais que seja sempre importante também outros olhares externos, não é possível pensar em um desenvolvimento local e regional se não for a partir daqueles que estão diretamente interessados nos benefícios”.

O estreitamento de relações entre as Instituições de Ensino Superior, conforme Willame Ribeiro, cria agentes “com mais força e também com mais condição de exercer esse protagonismo a partir da região, o que se pode traduzir no fortalecimento das ações dessas universidades”. 

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Xote, carimbó e lundu: ritmos regionais mantém força por meio de instituto no Pará

Iniciativa começou a partir da necessidade de trabalhar com os ritmos populares regionais, como o xote bragantino, retumbão, lundu e outros.

Leia também

Publicidade