Estudantes conhecem o maior manguezal contínuo do planeta por meio de projeto nacional

O manguezal da costa amazônica, que se estende por 679 quilômetros entre o Pará e o Maranhão, é o maior do mundo em extensão contínua.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O projeto Escola Vai ao Mangue, promovido pelo Instituto Peabiru com apoio da Petrobras, leva estudantes para vivências práticas no maior manguezal contínuo do planeta, localizado na costa amazônica.

A região traz benefícios ambientais, como lembra Marcos Fernandes, coordenador do Laboratório de Ecologia dos Mangues da Universidade Federal do Pará (UFPA):

“Essa região é de grande importância ecológica, ela é de grande importância socioeconômica e de grande importância cultural. Do ponto de vista ecológico, eles servem como berçários para diversas espécies marinhas e terrestres. Nas espécies marinhas, inclui os peixes, os crustáceos, todos os mariscos que a gente pode observar em áreas de manguezal e é essencial para a biodiversidade e da pesca local”.

Leia também: “É um problema nosso”: especialista em manguezais fala sobre a importância de preservá-los

Durante as atividades de projetos nos mangues paraenses, os alunos têm a oportunidade de interagir diretamente com o ecossistema, conhecendo espécies como o mangue vermelho, o mangue preto e o mangue branco, além de animais como o caranguejo-uçá.

O manguezal da costa amazônica, que se estende por 679 quilômetros entre o Pará e o Maranhão, é o maior do mundo em extensão contínua. Esse ecossistema mistura água doce e salgada, abriga espécies como o turu, um molusco, e o ajuru, fruto, fundamentais para a cultura alimentar e economia local.

John Gomes, gestor do projeto Mangues da Amazônia, do Instituto Peabiru, comenta a necessidade de conhecer a realidade local.

“Conhecer esse ecossistema, conhecer as pessoas que interagem, como esse meio ambiente interage entre si, é muito importante. Então, estudar os manguezais antes mesmo de aplicar um projeto nessas comunidades e nessa região costeira é de suma importância, porque a gente vai ser assertivo no momento de fazer alguma intervenção nesse ecossistema”.

Em ano de COP30, projetos como o do Instituto Peabiru são importantes, visando a conservação e o diálogo da educação ambiental, como explica John Gomes.

“Quando você pensa em COP30 para o Brasil, já é bem amplo e muitas pessoas não entendem. Quando fala de Amazônia, filtra mais ainda. E aí quando a gente entra para as escolas e na questão da educação, é o momento de a gente apresentar para eles a importância do meio ambiente, de trabalhar em contexto ambiental, respeitando o ambiente, respeitando as pessoas, a gente vai estar contribuindo para as mudanças climáticas do mundo. Então, a importância dos projetos nesse sentido de educação ambiental é sensibilizar as pessoas para que a gente consiga recuperar, onde é preciso recuperar, e conservar, nas áreas ainda conservadas”.

*Com informações da Rádio Agência Nacional

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

1° do Norte: autor amapaense Gian Danton recebe principal título dos quadrinhos no país

Com mais de 30 anos de carreira, Gian Danton consolida posição de Mestre do Quadrinho Nacional entre os principais nomes do país. Título é considerado o mais importante do Prêmio Angelo Agostini.

Leia também

Publicidade