Curro Velho: o matadouro que se tornou ‘nascedouro’ em Belém

O Núcleo de Oficinas Curro Velho, que antes era destinado a ser um matadouro (daí a palavra 'curro', referente a curral, onde se confina o gado), hoje é um ambiente educacional.

Curro Velho, em Belém, é espaço de formação artística. Foto: Bruno Cecim/Agência Pará

O Núcleo de Oficinas Curro Velho, em Belém (PA), por mais de três décadas tem sido uma referência na formação cultural e intelectual de muitos jovens. Hoje é um ambiente em que a iniciação artística busca transformar realidades, como a sua própria. Isso porque o local, de estrutura arquitetônica com influências neoclássicas, antes era destinado a ser um matadouro (daí a palavra ‘curro’, referente a curral, onde se confina o gado) e hoje é um ambiente educacional.

Situado no bairro do Telégrafo, às margens da Baía de Guajará, o prédio é de meados do século XIX (1861) e foi construído para abrigar o primeiro matadouro de Belém. Em 1991 foi restaurado e adaptado para sediar a então Fundação Curro Velho, fundada pelo ex-governador Hélio Gueiros (1925-2011) e, posteriormente, tornou-se o Núcleo de Oficinas Curro Velho, para formação e qualificação em educação não formal.

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Assim, de acordo com o informações do Núcleo, hoje o local é “uma incubadora de talentos artísticos, um ‘nascedouro’, enfim, para grande parte da classe artística de Belém nas mais diversas linguagens”, pois mantém um ciclo de oficinas de iniciação em arte e ofício em diferentes linguagens – artes visuais, música, artes cênicas e cursos de capacitação no Núcleo de Práticas de Ofício e Produção -, qualificando jovens e adultos para oportunidades de emprego e renda.

Jovens e adultos são atendidos pelo Núcleo de Oficinas Curro Velho. Foto: Bruno Cecim/Agência Pará

Artesanato, reciclagem, customização, reaproveitamento são algumas atividades oferecidas pelo Curro Velho em oficinas. Mas uma de suas marcas mais conhecidas é a Escola de Samba Crias do Curro Velho, que celebra o encontro da comunidade com os resultados obtidos no decorrer das oficinas.

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Dados do núcleo informam que o ensino é voltado prioritariamente para um público de estudantes de escola pública, populações de baixa renda e comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas, e ribeirinhas), alcançando um atendimento médio de 12.500 pessoas por ano.

É por conta desse conjunto de ações que, rotineiramente, realiza espetáculos cênicos e musicais, exposições, palestras, rodas de conversa e debates.

O Curro Velho está localizado na Rua Professor Nelson Ribeiro, n° 287, no bairro Telégrafo. Conta com salas, teatro, anfiteatro, biblioteca e o Núcleo de Práticas de Ofício e Produção para a realização de oficinas, cursos, espetáculos e programações diversas.

As vagas e cursos disponíveis são divulgadas periodicamente pelo Curro Velho ou pela Fundação Cultural do Pará com as orientações para inscrições. Para mais informações: (91) 3251-2986/ 3251-2987.

*Com informações da Fundação Cultural do Estado do Pará

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