Cofa aprova prêmio para reconhecer povos e comunidades tradicionais pela conservação da Amazônia

Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) aprovou a criação do prêmio que visa reconhecer até 25 organizações, com uma vencedora por categoria em cada estado da Amazônia Legal.

Iniciativa amplia o alcance e o reconhecimento das ações conduzidas por povos indígenas, quilombolas e povos e comunidades tradicionais na Amazônia Legal. Foto: Divulgação/Agência Brasil

O Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) aprovou, no dia 29 de outubro, a criação do Prêmio Fundo Amazônia “Conhecer e Reconhecer”. O objetivo é ampliar o alcance e o reconhecimento das iniciativas conduzidas por povos indígenas, quilombolas e povos e comunidades tradicionais, fortalecendo institucionalmente os premiados e estimulando a mobilização de outros atores sociais.

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Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Fundo Amazônia, maior iniciativa mundial de redução de emissões por desmatamento e degradação florestal (REDD+), é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Formado por representantes do governo federal, dos nove estados da Amazônia Legal e pela sociedade civil, o Cofa aprovou a premiação como uma nova forma de reconhecer publicamente experiências e organizações que contribuem para a conservação da floresta, o uso sustentável dos recursos naturais e o fortalecimento da economia dos povos da Amazônia.

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Prêmio busca estimular conservação

Serão até 25 organizações premiadas, contemplando uma organização por categoria — Povos Indígenas, Quilombolas e Povos e Comunidades Tradicionais —  em cada um dos estados da Amazônia Legal.

“Povos indígenas e quilombolas e comunidades tradicionais prestam um serviço essencial para a conservação da Amazônia e de sua biodiversidade, o que beneficia todos os brasileiros e brasileiras”, disse a ministra Marina Silva. 

A ministra Marina destacou, ainda, que o prêmio “valoriza os modos de vida dessas populações, com protagonismo aos conhecimentos tradicionais e soluções ancestrais, e fortalece as bases de uma economia sustentável que prova ser possível manter a floresta em pé e ser remunerado por isso. Com a iniciativa, também avançamos na construção da justiça climática em nosso país, dando visibilidade e dignidade para quem menos contribui para a crise climática e mais sofre com seus impactos”.

“O Fundo Amazônia chega à COP30 com uma história de 17 anos e resultados concretos: mais de 650 instituições apoiadas e centenas de municípios beneficiados. Agora, damos um novo passo com o Prêmio ‘Conhecer e Reconhecer’, reforçando o compromisso com quem vive e cuida da floresta, gerando conhecimento e soluções que inspiram o mundo”, afirmou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.

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Prêmio quer fortalecer ações das comunidades. Foto: Reprodução/Embrapa

“O Prêmio ‘Conhecer e Reconhecer’ é uma forma de dar visibilidade à sabedoria e às soluções que nascem dos territórios. Povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais têm mostrado que é possível produzir com equilíbrio e garantir renda sem destruir a floresta. O Fundo Amazônia quer ampliar essas vozes e fortalecer quem constrói a transição ecológica de baixo para cima”, destacou Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES.

Ao fortalecer institucionalmente os premiados, a iniciativa busca transformar essas histórias em referências inspiradoras para outras comunidades e políticas públicas voltadas à geração de trabalho e renda sustentáveis. O Prêmio também aprofunda o conhecimento sobre a realidade das economias da floresta, ampliando o diálogo sobre práticas produtivas que substituem o desmatamento e reforçam o papel do Fundo Amazônia como parceiro relevante na valorização de soluções locais e no fortalecimento das bases da transição ecológica justa.

A Comissão de Seleção será formada por representantes do MMA, BNDES, Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Ministério da Igualdade Racial (MIR), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Fboms), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), contanto com representação dos Estados da Amazônia Legal.

*Com informações da Agência BNDES de Notícias e do MMA

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