Polo Industrial de Manaus cria 1,1 mil postos de trabalho em agosto

Pelo terceiro mês consecutivo o Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou crescimento no índice de postos de trabalho. Conforme os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), em agosto foram criadas 1.188 vagas. No mês foram contratados 3,757 trabalhadores, contra 2,569 demissões. Em julho o setor admitiu 273 novos colaboradores. Para os empresários, o resultado demonstra a leve recuperação na confiança por parte dos investidores e também do consumidor. Porém, eles acreditam em uma retomada gradativa da produção industrial com resultados mais consolidados a partir de 2017.

Segundo o vice-presidente da Federação da Indústria do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, no último ano as fabricantes reduziram boa parte do quadro fabril por conta da crise econômica e agora, operam com o quantitativo mínimo e essencial para atender à de manda. Ele afirma que houve interrupção nas demissões, e salienta que não são todos os segmentos que estão em fase de contratação de mão de obra. Fabricantes de itens da linha branca, de eletroeletrônicos e de produtos químicos têm impulsionado os resulta dos produtivos e também de mão de obra.

Azevedo informou que as medidas econômicas anunciadas pelo governo federal nos últimos dias animam a classe empresarial quanto a expectativas para melhores dias. “Sentimos que os investidores e consumidores estão retomando gradativamente a confiança. A recuperação não acontecerá rapidamente, mas acreditamos que a partir de medidas implementadas pela equipe econômica o equilíbrio fiscal será retomado. Estamos confiantes em melhores resultados a partir de 2017”, disse. 

Na avaliação da titular da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Rebecca Garcia, a criação de postos de trabalho no polo industrial representa a recuperação do setor fabril. “Após um longo período de saldo negativo a indústria passou a empregar mais do que demitir. Isso é uma demonstração clara da recuperação dos empregos na indústria”, declarou.

Conforme o Caged, o último resultado negativo, deste ano, referente ao setor industrial foi registrado em maio com perda de 290 postos. Em junho, houve crescimento com 320 novas oportunidades e em julho, com 273 admissões. Ao contrário do crescimento no setor industrial, o segmento de serviços registrou queda de 290 vagas, em agosto. O comércio também encerrou agosto com saldo negativo de 119 postos de trabalho.

Segundo o presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Ataliba Antônio Filho, o comércio de Manaus continua demitindo. Ele explica que devido a retração econômica e menores índices nas vendas as empresas ainda estão em fase de desligamentos de colaboradores e que neste período é quase impossível prever contratações para o período de final de ano.

“Continuamos demitindo. Pode haver melhora sim, mas acredito que paulatinamente. A economia brasileira é volátil e pode acontecer uma melhora. Geralmente, no período do final de ano contratamos colaboradores temporários, mas neste ano estamos em observação para ver se teremos melhoras nas vendas”, disse. “O consumidor continua cuidadoso na hora de fazer compras, priorizando os itens mais necessários”, completou.

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