Peixes da Amazônia realiza primeira exportação para o mercado internacional

Foto: Divulgação/Agência Acre

A saída da primeira carreta com dez toneladas de pirapitinga, processados na indústria acreana Peixes da Amazônia, para Porto Maldonado, no Peru, coloca o Acre na condição de exportador internacional do pescado.  O ato foi realizado no Complexo da Piscicultura nesta quinta-feira, 24, em Senador Guiomard.

O momento da entrega do carregamento foi acompanhado pelo cônsul-geral do Peru, Félix Germán Vásquez, o secretário de Desenvolvimento da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), Sibá Machado, e os deputados Ney Amorim, Daniel Zen e Jonas Lima.

A Federação da Indústria e do Comércio (Fieac) se fez presente na pessoa da vice-presidente Adelaide Fátima Oliveira, que destacou se tratar de um momento marcante para o comércio e a indústria de um Estado guerreiro na luta pelo desenvolvimento.

O evento também teve como convidado de honra o vice-almirante da Marinha do Brasil Luís Antônio Rodrigues e o comandante do 9º Distrito Naval da Amazônia, Veiga Cabral, que vieram conhecer oficialmente o Complexo Industrial de Piscicultura Peixes da Amazônia.

Foto: Divulgação/Agência Acre
Comércio legalizado

Porto Maldonado possui uma demanda de mercado crescente e descoberta, tendo em vista a carência produtiva da região, conforme esclareceu o cônsul peruano Germán Vásquez.

O comércio de exportações entre o Acre e Porto Maldonado segue obedecendo a todas as normas de saúde e qualidade. “Se antes essa região do Peru estava exposta a um consumo clandestino, a partir de agora passa a receber um peixe produzido por uma indústria que dispõe do que há de mais moderno na atualidade”, comemorou Vásquez.

No gosto consumidor

O peixe produzido por uma indústria acreana, que já abastece os mercados locais e caiu no gosto dos consumidores brasileiros nos maiores Estados do país, agora abre um marco na exportação internacional com esse primeiro carregamento destinado ao Peru, conforme avaliou o secretário Sibá Machado.

“Além disso, a indústria gera empregos, consome produção [de milho] local para fabricar a ração, aquece a economia dos pequenos, fortalece o cooperativismo e o trabalho dos produtores”, concluiu Sibá Machado.

Peixes da Amazônia

Com apenas 14 meses de funcionamento, a indústria Peixes da Amazônia já produz um terço de sua capacidade diária, que é de 10 toneladas, ultrapassando atualmente três toneladas/dia de espécies como tambaqui, pirarucu e surubim.

O tambaqui é a espécie de maior procura no mercado, e o pirarucu é o que agrega maior valor. No caso especifico desse carregamento para o Peru, ele se deu em função de uma demanda de mercado, e o frigorifico da empresa tem capacidade de processar qualquer espécie para as devidas condições de fornecimento.

Renda e qualidade

O produtor Benício de Melo é um dos cooperados que entrega a produção para a Peixes da Amazônia. Em cinco hectares de água, ele produz espécies como tambaqui, pirarucu e pintado, e comemora uma renda mensal de R$ 5 mil. “Só temos a comemorar com um governo que investe nos pequenos, que nos fez dar um salto em qualidade de vida e ainda numa atividade de futuro, já que o peixe é um alimento saudável cada vez mais procurado”, completou o produtor rural.

Alta tecnologia pra fabricar ração

A fábrica de ração está equipada com a mais moderna tecnologia da América Latina, capaz de produzir qualquer tipo de ração, dependendo da demanda de mercado, dentro das normas internacionais, podendo fabricar até alimentos para camarão, que são mais complexos.

Produtos como milho, soja, farinha de carne e embalagens são todos comprados de produtores do Estado, como forma de fomentar a economia e ainda disponibilizar tanto aos cooperados como produtores em geral uma ração com preço mais acessível.

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