Foto: Izabel Santos/Portal Amazônia
MANAUS – A Amazônia tem a maior cobertura de floresta contínua do Mundo. Ela é rica em biodiversidade e recursos naturais. No entanto, para especialistas e pesquisadores ainda não se chegou a um entendimento sobre como transformar esse ‘ouro verde’ em dinheiro sem derrubar a floresta. Algumas das alternativas propostas são a geração de créditos de carbono e projetos sustentáveis. Um fator importante a se considerar para que traga vantagens ao meio ambiente é a adicionalidade.
Cada tonelada de CO2 reduzida ou removida da atmosfera equivale a um crédito de carbono. O objetivo é que cada tonelada de CO2 não emitida ou retirada da atmosfera por um País em desenvolvimento possa ser negociada no mercado mundial.
O Brasil ocupa a terceira posição mundial entre os países que participam desse mercado, com cerca de 5% do total mundial. “Adicionalidade é aquilo que é acrescentado ao meio ambiente, neste caso, àquelas florestas que se pretende proteger”, explica o engenheiro florestal e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Niro Higuchi. “Por lei, os governantes já são obrigados a proteger as florestas, sendo assim é preciso considerar a adicionalidade da iniciativa”, completa.
Foto: Izabel Santos/Portal Amazônia
Para o especialista em economia ambiental, Alexandre Rivas, o mercado de carbono está longe de ajudar a desenvolver a economia na região. “Precisamos atuar de outra maneira e entender melhor esse mercado e o papel dos governos”, opina. Para Rivas, é necessário desenvolver uma atividade econômica paralela para acompanhar o mercado de créditos de carbono. “Governos têm papel importante no balizamento de metas, mas não possuem a competência necessária para executar o conjunto de atividades necessárias para alcançar as metas. Não podemos pensar que somente o governo tem competência para tratar do assunto”, acrescenta.