Novas empresas conquistam ‘desbancarizados’ e facilitam créditos

Novas modalidades para obtenção de créditos, as Fintechs e os empréstimos pela internet atraem pelo jeito simples e ‘descolado’ de se conseguir dinheiro, muito diferente dos meios tradicionais. Apesar das facilidades (não é necessário sair de casa, rapidez na aprovação e taxas de juros abaixo das praticadas pelas instituições bancárias). Mas assim como nas formas tradicionais, pesar prós e contras é essencial para fechar bons negócios.

Se engana quem pensa que o jeito moderno dispensa formalidades típicas dos grandes bancos. Uma das razões de crescimento dessas empresas é justamente a seletividade rigorosa. Só quem tem o perfil de bom pagador pode conseguir crédito. Segundo o bancário Ângelo Borges, a partir daí os dois modelos se distanciam. “Existe um controle natural para saber a quem confiar empréstimos, mas nas fintechs é tudo muito mais bem ajustado, já que um bom pagador acaba respondendo por um inadimplente e essas empresas não têm a mesma ‘gordura’ de um banco tradicional”, afirma.

O pequeno porte de uma fintech é o que permite que haja crescimento. “Os custos são reduzidos, as operações mais fáceis. Sobra para conceder créditos com juros mais baixos. Mas é inegável, os bancos tradicionais estão caminhando para isso. É uma fatia de mercado que ninguém quer perder, os mais jovens e quem tem ‘um pé atrás’ em procurar um banco”, disse Borges.

Ainda com os grandes 

Mesmo com o oferecido pelas fintechs ainda há quem prefira estar entre os grandes, como a analista financeiro, Karla Almeida. “Precisei de empréstimos por três vezes, em três bancos diferentes, sendo correntista de dois deles. Em um, o empréstimo veio em uma hora que precisava, havia contas a pagar e precisava ‘limpar o nome’. O limite de crédito foi muito grande e suficiente para a minha necessidade. Em 24 parcelas estava livre”, comenta.

De acordo com Karla, os juros podem ser um fator que a façam optar por um empréstimo não-tradicional. “Depende muito de quanto será cobrado de juros. Pelo que li sobre as fintechs, os juros estão entre 3% ou menos. Mas para cheque especial, por exemplo, me foi cobrado 1%. Mas nada descarta a possibilidade”, encerra.

Conquistando o nicho

Nascida por meio de um modelo peer-to-peer-lending (empréstimo de pessoa para a pessoa) em 2013, a multinacional alemã Lendico, chegou ao Brasil como correspondente bancário do BMG (líder em crédito consignado no Brasil e uma das maiores instituições financeiras do país) e de acordo como CEO da empresa,  Marcelo Ciampolini, oferece clientes opções de empréstimo pessoal com juros mais baixos. “O cliente pode conseguir na Lendico crédito de R$ 2,5 mil a R$ 50 mil para pagar em até 36 vezes. Além disso, todo o processo de pedido de empréstimo é feito de forma online”, conta.

Segundo Ciampolini algumas características da empresa garantem o maior alcance. “Nossas taxas são mais baixas porque temos uma estrutura enxuta e oferecemos o crédito para o cliente bom pagador, o que diminui nossas taxas de inadimplência. Como a plataforma da Lendico é totalmente online, atingimos pessoas de todo o Brasil. A única coisa que o nosso cliente precisa ter é uma conexão de internet pelo smartphone ou pelo computador para que assim possa fazer o pedido. Se for pré-aprovado, passará então para a fase de envio dos documentos, também pelo site”, explica.

Foto: Reprodução/Shutterstock

A empresa, segundo o CEO, tem se expandido por conquistar clientes que antes estavam sem opções. “Hoje os clientes da Lendico são aquelas pessoas que são consideradas ‘bons pagadores’, mas que não encontraram nos bancos tradicionais opções de crédito adequadas para elas. A maioria desses clientes estão em São Paulo, mas recentemente temos visto aumento do percentual de pedidos no Amazonas, Rondônia e Acre. 

Pagar dívidas e abrir negócios 

Dados da Lendico apontam que em fevereiro deste ano, em relação a fevereiro do ano passado, houve um aumento de 14,7% no percentual de pedidos vindos do Amazonas e muito de pessoas jovens. “Além disso, de fevereiro para março houve um aumento de quase 8% no número de pedidos vindos do Estado. Entre os motivos de pedidos de empréstimos vindos do Amazonas, 45% são para transferência de dívida e 22% são para a abertura de novos negócios. Quando olhamos para a idade dos cidadãos do estado que buscam empréstimo em março, a maioria (36%) tem entre 31 e 40 anos de idade”, ressalta Ciampolini.

O CEO enumera as vantagens de se buscar tomar crédito nas ‘novas operadoras’, uma delas, a celeridade. “Quando o cliente busca uma fintech como a Lendico para tomar crédito pessoal, encontra a facilidade do online, taxas de juros mais baixas, transparência e atendimento personalizado. Nossa equipe trabalha diariamente para oferecer soluções que atendam os públicos que nos procuram. Além disso, ao fazer o pedido pela internet, o consumidor tem a possibilidade de comparar as taxas com as de outras instituições sem sair de casa para isso. É tudo muito fácil e muito rápido. No site da Lendico, por exemplo, o cliente tem a resposta da pré-aprovação em menos de três minutos. Em três minutos no banco, tudo o que o cliente tem é uma fila de espera para falar com seu gerente”, afirma.

O empréstimo online é algo em que se pode confiar, mas assim como nas transações físicas, o consumidor precisa ficar atento antes de contratar, comenta Ciampolini. “É sempre importante verificar se o site tem certificado de segurança, se o CNPJ informado corresponde de fato à empresa informada e procurar mais informações sobre a empresa. Hoje o consumidor tem o poder de achar muita informação sobre as empresas na internet, seja em mídias sociais ou em sites especializados em avaliações”, encerra o CEO da Lendico.

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