Jazida de mármore de Carrara é descoberta na região de Cáceres no Mato Grosso

A novidade na Serra das Araras pode impulsionar a mineração estadual, que é a sexta maior produtora de minérios do Brasil.

Serra das Araras. Foto: Divulgação/Brasil Mineral

O secretário-adjunto de Mineração de Mato Grosso, Paulo Leite, confirmou a descoberta de uma grande mina de mármore de Carrara na Serra das Araras, região do município de Cáceres. A novidade pode impulsionar a mineração estadual, que é a sexta maior produtora de minérios do Brasil.

O anúncio foi feito durante o podcast ‘Minera MT’. “É uma mina astronômica e todos os estudos e pesquisas indicam isso. Eu vi blocos de 30 toneladas, com dureza espetacular. Algumas informações indicam que é de uma das melhores qualidades do mundo”, afirmou o secretário. 

Não foi divulgado o tamanho da mina, mas estão sendo realizados estudos. O mármore de Carrara é usado na construção civil principalmente para acabamentos de alto padrão a preços que podem chegar a R$ 900 o metro quadrado.

Paulo Leite comentou que o potencial da jazida só será completamente explorado se houver o beneficiamento feito em Mato Grosso. “É bom para Mato Grosso se for beneficiado aqui, porque se for só explorado e levado para o Espírito Santo ou Bahia para beneficiar, qual o interesse? Vai ser recolhida uma taxa para a Sedec [Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico], mas nós temos uma Zona de Processamento ao lado da mina, a menos de 40 km. Nós precisamos incentivar para essa mineradora beneficiar as pedras”, afirma.

A inauguração da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Cáceres, que deve ocorrer em setembro deste ano, poderá possibilitar esse beneficiamento. “Não é só o emprego que a mineradora traz. Ela traz conhecimento, técnicos de qualidade, pessoas que conhecem o mercado internacional de pedras ornamentais e uma série de outras coisas. Nós temos o minério e tem um custo de exploração dele, o custo ambiental, mas tem que ter também o retorno. Isso deve ser discutido. Tem muita coisa a ser feita”, conclui.

*Reportagem: Revista Brasil MineralFonte: Brasil 61

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