
O empresário afirma que as demissões podem continuar a ocorrer nos próximos meses caso o governo federal não tome providências quanto a medidas de contenção às onerações tributárias. Outra medida citada por Silva como contribuinte para um novo e melhor momento econômico nacional é a implantação de três reformas que são: tributária, previdenciária e trabalhista, seguidas de reformas políticas e judiciária.
“Essas medidas são necessárias para que o país se desenvolva. Por outro lado, o governo federal precisa definir o que quer do modelo ZFM ao invés de fazer críticas infundadas”, disse. “Vemos que osinvestidores se retraem e começam a ficar preocupados”, completa. O presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Périco, também atribui a retração no faturamento e o crescimento no número de demissões industriais aos problemas econômicos que atingem o Brasil. Ele explica que no momento em que há cobranças de juros altos e a dificuldade de acesso ao crédito, o consumidor se retrai e deixa de fazer gastos. Como resultado, as empresas vendem menos, da mesma forma que o comércio. Logo, há menor produção e a empresa desliga o funcionário. “É necessário buscar o resgate da confiança tanto do consumidor quanto do investidor e isso só pode acontecer por meio de medidas apresentadas pelo governo federal, não tem outro caminho. É preciso retomar o equilíbrio das contas públicas. O governo precisa dizer qual será o rumo que o país deve tomar”, considera. Na avaliação de Périco, a partir da implantação ou da apresentação de medidas será possível visualizar uma redução ou um ‘freio’ às demissões. “Novas medidas seriam indicadores ao resgate e à confiança do consumidor. Conseguiríamos pôr freio ao processo de demissões”, disse.Homologações no Sindmetal Segundo o diretor do Sindmetal-AM (Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas), João Brandão, os desligamentos no PIM (Polo Industrial de Manaus) continuam ocorrendo, mas, os números relativos a janeiro de 2016 ainda não foram fechados. Ele informou que 2015 encerrou com redução de 33.061 postos de trabalho. Em 2014 o volume de demissões foi de 27.036. Houve um crescimento de 22% nas homologações.