Cerca de R$ 34 milhões são destinados para proteção territorial de terras indígenas do Acre

Projeto de Gestão Territorial foi assinado na aldeia Puyanawa, em Mâncio Lima. Recurso do Fundo Amazônia deve beneficiar 11 comunidades.

As ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, desembarcaram no aeroporto de Cruzeiro do Sul, e seguiram rumo a Mâncio Lima, no Acre, para o lançamento de um projeto de Gestão Territorial na aldeia indígena Puyanawa, que deve beneficiar pelo menos 11 comunidades tradicionais.

As ministras chegaram acompanhadas da diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Tereza Campello, e representantes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

Foto: Rayza Lima/Rede Amazônica

O projeto, segundo Marina, foi apresentado por meio de uma articulação do povo Ashaninka, que se trata de uma associação que representa os povos indígenas, e que vai beneficiar comunidades locais. 

O recurso de R$ 34 milhões será disponibilizado através do Fundo Amazônia. Ainda de acordo com ela, o projeto apresentado pelas populações indígenas já foi aprovado pelo governo do presidente Lula. 

“O Fundo Amazônia foi criado para ajudar a proteger as populações tradicionais, os povos indígenas, proteger a floresta, gerar emprego e renda e melhorar a vida das pessoas e esse é um trabalho que está sendo retomado pelo governo do presidente Lula. Nós estamos aqui recuperando o tempo perdido de 4 anos em que o Fundo Amazônia ficou parado. A proposta do governo federal é continuar trabalhando com os governos dos estados, independente de quem votou, deixou de votar, o presidente Lula tem um olhar abrangente para o interesse da população”, disse.

A ministra Sônia Guajajara também celebrou a conquista e disse que o momento é de retomada de iniciativas que, de acordo com ela, foram paralisadas.

“Retomamos esse ano a Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial das Terras Indígenas, o BNDES agora por meio do Fundo Amazônia também vai fortalecer essas iniciativas de uma política nacional, e vamos avançar com a demarcação das terras, com a proteção dos territórios, com o combate ao desmatamento, com a segurança dos indígenas nos territórios e um projeto como esse na região só vem a somar para esse fortalecimento das comunidades e proteção do meio ambiente”,

frisou.

O lançamento ocorreu na terra indígena do município acreano. O termo para execução do projeto, assinado pelas autoridades, será financiado pelo BNDES. A diretora do banco, Tereza Campello, destacou que este é o primeiro em grande escala.

“Então para nós ele vai ser muito representativo. Não é um projeto pequeno, é muito robusto, integrado e acho que vai ser referência para o que vamos fazer na pauta indígena daqui para frente, com escala, com muita tecnologia, garantindo integração, desenvolvimento, gerando renda. Agora isso não é só para as comunidades indígenas, mas garantir desenvolvimento sustentável vai ser bom para toda a Amazônia, vai ser bom para todo o Brasil e para o mundo”, disse.

A iniciativa também conta com parceria da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá (Opirj) e é voltada para o desenvolvimento sustentável e preservação ambiental nas comunidades indígenas e extrativistas na região do Juruá. 

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