Em reunião com a imprensa nesta sexta-feira (10), sobre os 50 anos da Zona Franca de Manaus (ZFM), Rebecca informou que os índices se devem ao fato “do nosso pólo industrial abastecer o mercado consumidor interno”, logo, o mau desempenho “é um reflexo da economia brasileira”. Segundo a superintendente, o Brasil não está consumindo, “logo, o Pólo Industrial não vai reagir de maneira positiva”. O faturamento do PIM sofreu uma queda de R$ 4,8 bilhões em 2016, quando acumulou R$ 67,9 bilhões, em comparação à 2015.
“Nós temos um potencial fantástico na nossa biodiversidade. Nós temos que pensar outros segmentos, não só aqueles que já estão aqui, mas diversificar produtos. Seguir numa linha da biodiversidade. Pensar na bioindústria, acredito ser um dos caminhos mais factíveis para se ter uma alternativa ao Polo Industrial de Manaus, que já está consolidado. Não é que vá deixar de existir o Polo, mas esses são segmentos de grande potencial aqui na região que precisam ser desenvolvidos”, avalia.
CBA
Uma das peças que podem ajudar a concretização dos planos de bioindústria é o Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA). Após tantas indefinições, Rebecca informou que em reunião com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) algumas providências já estão preparadas. “[O Inmetro entrou] Porque um dos grandes problemas do CBA não ter avançado, isso na compreensão do Ministério da Indústria e Comércio, que é o grande gestor, é que a Suframa administra incentivos fiscais e o CBA precisa de alguém que administre laboratório. O Inmetro administra laboratórios. Dessa maneira hoje nós temos a entidade certa para administrar aquele lugar”, afirmou.
“O CBA Não tinha razão social, não tinha personalidade jurídica. Por que não tinha? Porque não tinha um programa de trabalho. Você não pode constituir uma personalidade jurídica se você não sabe o que aquilo vai fazer. Hoje está muito bem descrito que o CBA veio não somente para fazer pesquisa, a missão é transformar essa pesquisa em produto. Esse é o link do CBA com a indústria”, alegou.
A superintendente informou ainda essa personalidade jurídica está sendo finalizada e que “até o segundo semestre de 2017” o CBA estará pronto para funcionar.
Zona Franca
Em 2017, a Zona Franca de Manaus completa 50 anos e um dos principais incentivos é a informática. “Deixando de existir a Lei de informática só quem tem incentivos para essa área somos nós. A Zona Franca é protegida legalmente. O caminho natural dessas empresas para continuar produzindo com vantagem competitiva seria a Zona Franca de Manaus”, destacou.
Outro ponto que Rebecca acredita ser um benefício para o formato econômico é a Zona Franca Verde, que já está em processo de consolidação, de acordo com a superintendente. “Já foi feita a qualificação dos servidores das Suframas dos Estados de livre comércio, já foi feita a qualificação dos empresários que já tiveram nesse primeiro momento interesse em aderir e ainda está acontecendo. De positivo nós já conseguimos aumentar o número de indústrias nas áreas de livre comércio”, concluiu.