MCTI aproxima vinculadas visando integrar e fortalecer ações na Amazônia

Reunião com o Inpa teve como propósito planejar uma agenda de trabalho conjunta para a próxima década e fortalecer a cooperação entre as instituições.

De acordo com informes da Comunicação Social do INPA, dirigentes das unidades vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) na Amazônia se reuniram no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia com a subsecretária para a Amazônia do MCTI, Tanara Lauschner, nos dias 15 e 16 de fevereiro. O propósito foi planejar uma agenda de trabalho conjunta para a próxima década e fortalecer a cooperação entre as instituições.

Participaram do encontro o diretor do Inpa, Henrique Pereira; o diretor geral do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), João Valsecchi, a coordenadora da unidade de Belém (PA) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Alessandra Gomes. De forma remota, contou com o diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), Nilson Gabas Júnior; e a chefe de Unidade na Região Amazônica do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Tatiana Schor. Coordenadores de áreas técnicas também se fizeram presentes.

Para o diretor do Inpa, Henrique Pereira, o evento corresponde à primeira reunião para construção de uma pauta englobando ações cooperadas bilaterais relativamente a cada instituição e seus pares e a agenda com a Subsecretaria da Amazônia/MCTI. A reunião tratou ainda de uma colaboração em rede visando obter financiamento do BID para projetos estratégicos. Além de reconhecer, valorizar e dar visibilidade ao trabalho dessas organizações, queremos nos planejar para os próximos dez anos, o que permitirá viabilizar resultados ajustados aos objetivos estratégicos do Instituto.

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Para alavancar programas voltados à integração de ações estratégicas, foi decidido criar um fórum regional permanente, de caráter consultivo, e coordenado pela Subsecretaria para a Amazônia do MCTI e a realização de uma Conferência Livre com temática Amazônia no âmbito da V Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (V CNCTI), em formato híbrido, a ser organizada pela Subsecretaria com a participação das unidades vinculadas ao bioma. A Conferência Livre será realizada até abril, conforme o cronograma do CTI, e os resultados servirão de base para a formulação da Política de CT&I para a Amazônia.

De acordo com Tanara Lauschner, a Subsecretaria para a Amazônia do MCTI tem como objetivo promover articulação entre as várias instituições do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia com sedes na Amazônia e interface com instituições de outros estados e países, que estudam e se dedicam aos temas relacionados à região. Adiantou, por outro lado, haver uma prospecção de R$3 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) a serem investidos na Amazônia nos próximos três anos. “Também estamos trabalhando para que esse recurso tenha editais específicos para instituições da região. Temos um bom desafio, que é conseguir fazer projetos de qualidade e interessantes na região, para que possamos de fato executar esses recursos”, adiantou.

Por seu turno, o diretor geral do Instituto Mamirauá – Organização Social fundada em 1999, em Tefé, fomentada e supervisionada pelo MCTI -, lembrou que as quatro instituições juntas representam a estrutura física e de pessoal do MCTI na Amazônia, atuando como braço do governo federal para pensar em como desenvolver a região, de forma integrada com a sociedade. “Pensamos em políticas públicas voltadas para C,T&I e, com isso, implementar ações voltadas ao desenvolvimento social e econômico, visando a conservação e manejo sustentável da biodiversidade, com muitos impactos positivos para a população”, ressaltou.

São exemplos bem sucedidos de parcerias do Mamirauá os protocolos para manejo de crocodilianos (jacarés) e o desenvolvimento de manejo sustentável de florestas alagáveis da Amazônia e em contribuições para políticas públicas na área de manejo florestal comunitário. Alternativas abertas à expansão do modelo para outros segmentos da bioeconomia regional.

Sobre o autor

Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALC EAR), do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA/INPA) e do Conselho Regional de Economia do Amazonas (CORECON-AM).

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista 

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