A agenda científica do INPA está organizada em quatro focos de pesquisa: Biodiversidade, Dinâmica Ambiental, Tecnologia e Inovação e Sociedade-Ambiente-Saúde.
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), de acordo com sua Certidão de Nascimento, foi criado em 1952, tendo iniciado suas atividades em 1954. Durante os 70 anos passados tem se dedicado aos estudos científicos do meio físico e das condições de vida da região amazônica para promover o bem-estar humano e o desenvolvimento sócio-econômico regional. Atualmente, o INPA é referência mundial em Biologia Tropical. Os primeiros anos do INPA foram caracterizados pela por pesquisas, levantamentos e inventários de fauna e de flora. Hoje, o desafio é expandir de forma sustentável o uso dos recursos naturais do Setentrião brasileiro.
Segundo o Plano Diretor do INPA 2021-2025, a missão do Instituto é “Gerar e disseminar conhecimentos, tecnologias e inovações e capacitar pessoas para contribuir na formulação de políticas públicas e ações para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”. Para a nova direção do Instituto, comandada pelo pesquisador Henrique Pereira, que assumiu o cargo em novembro do ano passado, o objetivo estratégico é tornar o INPA “uma organização robusta de ciência, tecnologia e inovação na Amazônia e para a Amazônia, com forte efetividade de ações e inserção social”.
A agenda científica do INPA está organizada em quatro focos de pesquisa: Biodiversidade, Dinâmica Ambiental, Tecnologia e Inovação e Sociedade-Ambiente-Saúde. No foco da pesquisa em biodiversidade, a atual gestão considera como prioridade o fortalecimento das Coleções Biológicas, garantindo apoio orçamentário direto para ampliação e melhoria das instalações, além de recursos para o processamento de amostras e atividades de curadoria. São nove coleções biológicas organizadas em três grandes áreas temáticas: Botânicas, Microbiológicas e Zoológicas. Juntas, abrigam mais de 1,2 milhão de exemplares, sendo considerada a mais rica em espécies de plantas, insetos e peixes de água doce do planeta. Os acervos mais antigos do INPA datam de mais de 60 anos.
Para o diretor Henrique Pereira, “as ações consideradas prioritárias e que estão sendo implementadas de forma emergencial pela nova direção, levam em consideração as avaliações do planejamento participativo realizado durante a elaboração do projeto de gestão e se relacionam a processos a serem implementados, redirecionados ou fortalecidos pela administração. As ações estão reunidas em cinco Programas Prioritários: Inovação Organizacional; Capacitação para atuar na Amazônia; Tecnologia de Informação; Gestão de CT&I e Inserção Social”.
Sobre “Inovação Organizacional”, são ações prioritárias: “a implementação de práticas de gestão transparente e participativa, a revisão do Regimento Interno, a ampliação e aperfeiçoamento da organização para a captação de recursos extraorçamentários e para a gestão das reservas e estações experimentais, a implementação de programa de gestão da qualidade de vida no trabalho, no sentido de maximizar a eficiência dos processos e promovendo a capacitação de pessoal de gestão e de pesquisa”.
Em relação ao programa “Capacitação para atuar na Amazônia”, os esforços se concentram em valorizar e fortalecer os nove Programas de Pós-graduação do INPA, dentre eles o de Ecologia, com conceito 7, o melhor do país. Quanto ao programa de Tecnologia de Informação, a ação emergencial é a reestruturação da coordenação de Tecnologia da Informação (TI) para que sejam prestados serviços de apoio às atividades de pesquisa e gestão.
Nesse sentido, ressalta-se a importância do estreitamento do relacionamento com o setor industrial e agropecuário com vistas à transferência de tecnologias desenvolvidas, além do fortalecimento de ações conjuntas com a Universidade, fator de integração e universalização da pesquisa regional. Estes pontos vêm ao encontro das expectativas da sociedade que acredita no INPA como instituição capaz de promover a convergência de ideias e projetos essenciais ao desenvolvimento social, biodiverso e econômico da região.
Sobre o autor
Osíris M. Araújo da Silva é economista, escritor, membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), da Academia de Letras, Ciências e Artes do Amazonas (ALC EAR), do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA/INPA) e do Conselho Regional de Economia do Amazonas (CORECON-AM).
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