A Casa das Onze Janelas está abrigada em um prédio construído no século XVIII, originalmente residência de Domingos da Costa Bacelar.
O Espaço Cultural Casa das Onze Janelas, em Belém (PA), foi inaugurado em 2002, tornando-se um espaço dedicado à arte contemporânea brasileira para as regiões Norte e Nordeste.
Situada ao lado do Forte do Presépio, o espaço está abrigado em um prédio construído no século XVIII, o qual foi originalmente residência de Domingos da Costa Bacelar. A construção era chamada de Palacete das Onze Janelas, nome que vem do fato de possuir 11 janelas em sua fachada superior.
Tratava-se de uma casa avarandada construída pelo rico proprietário de engenho de açúcar, Domingos da Costa Bacelar, e funcionava como casa de final de semana, já que ele residia no interior, onde se localizavam seus engenhos. Localizada na foz do rio Guamá, Domingos não finalizou a construção, por medo de ser confiscada pelo Estado.
Posteriormente, foi adaptada para instalação do Hospital Real Militar, cujo projeto ficou a cargo do arquiteto bolonhês Antonio Landi. Após a desativação do hospital, o espaço manteve funções militares, abrigando a 5ª Companhia de Guarda do Exército.
Na execução do ‘Projeto Feliz Lusitânia’, que visa a revitalização do núcleo histórico de Belém, o espaço foi restaurado e adaptado ao uso museológico. Seu acervo é formado por várias coleções de arte moderna, contemporânea e fotografia, que apresentam obras de artistas locais e nacionais.
Destacam-se no acervo a Coleção Funarte, oriunda dos Salões Nacionais de Arte, que juntamente com a coleção Fotografia Paraense Panorama 80/90 deu origem ao acervo do museu.
A partir do ano de 2005 foi realizada a transferência de parte das coleções que estavam sob a guarda do Museu do Estado para a tutela das Onze Janelas. A transferência, atendendo critérios de tipologia e recorte temporal, permitiu o enriquecimento do acervo e obedeceu ao perfil museológico de cada instituição para ter a guarda das coleções pertencentes ao Governo do Pará.
As salas Ruy Meira, Gratuliano Bibas, Valdir Sarubbi e o Laboratório das Artes permitem um fluxo intenso de mostras, consolidando a Casa como espaço de referência para a Arte Contemporânea Brasileira.