Capela de Santo Antônio é reconhecida como Patrimônio Cultural, Histórico, Material e Religioso de Porto Velho

Com a sua primeira missa celebrada há mais de um século, a Capela de Santo Antônio de Pádua foi construída às margens do Rio Madeira.

Capela de Santo Antônio de Pádua. Foto: Antero Ribeiro

Com a sua primeira missa celebrada há mais de um século, a Capela de Santo Antônio de Pádua, construída às margens do Rio Madeira, recebeu o título de Patrimônio Cultural, Histórico, Material e Religioso do município de Porto Velho (RO).

O reconhecimento da capela, que foi tombada ainda em 1986, foi aprovado pela Câmara de Vereadores de Porto Velho e sancionado pelo prefeito. Ela fica localizada na Estrada de Santo Antônio, n° 563. 

História

Conhecida pela população simplesmente como “Igrejinha”, é ponto de peregrinação de católicos e atrai muitos turistas que apreciam o ponto bucólico no bairro Santo Antônio, a sete quilômetros do Centro de Porto Velho, às margens do Rio Madeira.

Quando surgiu, em 1913, a Igrejinha era a matriz do município de Santo Antônio do Rio Madeira, no extremo norte do estado do Mato Grosso, então divisa com o Amazonas. A primeira missa foi celebrada pelo padre Raimundo de Oliveira — mais tarde, ele virou prefeito de Porto Velho.

Em 1945, o município de Santo Antônio — o maior do mundo em área, embora com poucos habitantes — foi oficialmente extinto e incorporado a Porto Velho, que dois anos antes havia sido elevada à capital do novo Território Federal do Guaporé.

Durante muitos anos, a capelinha foi o ponto de referência da antiga cidade mato-grossense. Nas suas redondezas seria o marco-zero da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), construída entre 1907 e 1912. O caso é que a cachoeira localizada ao lado da igreja impedia que grandes embarcações trazendo equipamentos para a ferrovia atracassem no local. Assim, o ponto inicial da EFMM foi alterado para onde está hoje Porto Velho, cidade que, praticamente, surgiu a partir deste momento histórico.

A cidade de Santo Antônio acabou virando “fantasma” e literalmente sumiu do mapa por ordem do Governo Federal, dada a necessidade de uma reorganização administrativa que passou a ter Porto Velho como centro político. 

Por algum tempo, a igrejinha e o obelisco do centenário da Independência do Brasil, fincado poucos metros atrás da capela, foi tudo o que sobrou da região antes movimentada com porto, estação de trem, lojas, escola, cadeia, intenso comércio de látex, sedes de todos os poderes constituídos e batalhão da força de segurança, além de ser o ponto final da lendária expedição Linhas Telegráficas Rondon, encerrada em 1915.  

*Texto retirado da Coluna JotaÓ Escreve. Leia o artigo completo AQUI.

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