O documentário celebra a jornada do cacique Raoni em defesa dos direitos humanos enquanto destaca a oportunidade de diálogo entre os povos indígenas e não indígenas.
O documentário celebra a jornada do cacique Raoni em defesa dos direitos humanos enquanto destaca a oportunidade de diálogo entre os povos indígenas e não indígenas. Ilustra também as histórias pessoais que revelam a importância dos povos originários e trata das ameaças aos seus direitos e cultura. Além disso, aborda a transição para uma nova geração de líderes e o surgimento de lideranças das mulheres indígenas.
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“Durante os cinco dias que passamos em Piaraçu – num evento com mais de 800 indígenas, que nem o calor de 46 graus conseguiu atrapalhar – pude sentir a força da ancestralidade. Ficou clara a relação íntima que os povos originários mantêm com seus territórios, o que explica porque eles são tão essenciais para que o país e o mundo se adaptem às mudanças climáticas. Eles estão dispostos a contribuir com a solução. Contudo, para oferecer essa contribuição à humanidade, precisam que seus direitos, territórios e tradições sejam respeitados. Somente assim, através de seu modo de vida, poderão contribuir significativamente para o equilíbrio climático global”,
conta Lucas Ramos, coordenador do Amazoniar no IPAM e diretor do documentário.
“Ao produzir o documentário, nosso objetivo no Amazoniar foi contribuir para que os indígenas brasileiros projetem suas vozes e levem o chamado do cacique mais longe, para que todos somem à luta pelos direitos dos indígenas e, por consequência, contribuam para o equilíbrio climático mundial. Este não é apenas um chamado por ação. É um convite para escutar, aprender e preservar juntos com nossos povos originários”, disse Ramos.
Lançamento
A estreia aconteceu no dia 23 de abril, das 18h às 22h, na Caixa Cultural Brasília, e contou com a presença de líderes indígenas e representantes do governo brasileiro.
Na ocasião, outras produções audiovisuais de artistas indígenas foram exibidas: ‘Artesanato’ (Are Yudja), ‘Memórias nas coisas do vovô’ (Matsi Waura Txucarramãe, Kokokaroti Txukahamãe Metuktire, Kaiani Trumai) e ‘Menire djapej: o trabalho das mulheres’ (Kokokaroti Txukahamãe Metuktire, Nhakmo Kayapó, Nhakpryky Metuktire, Bepunu Kayapó).
Entre os dias 24 e 26 de abril, a Caixa Cultural Brasília continuará exibindo o documentário e haverá algumas atividades, como uma oficina de audiovisual.