Cacique Raoni faz chamado em prol do futuro em novo documentário

O documentário celebra a jornada do cacique Raoni em defesa dos direitos humanos enquanto destaca a oportunidade de diálogo entre os povos indígenas e não indígenas.

O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), no âmbito da iniciativa ‘Amazoniar’, e o Instituto Raoni lançaram o trailer do minidocumentário ‘O chamado do cacique: herança, terra e futuro’. O filme foi gravado durante a reunião organizada em julho do ano passado pelo cacique Raoni Metuktire, chefe da etnia Kayapó, que uniu povos indígenas na aldeia Piaraçú, no Mato Grosso, em prol do futuro do planeta.

O documentário celebra a jornada do cacique Raoni em defesa dos direitos humanos enquanto destaca a oportunidade de diálogo entre os povos indígenas e não indígenas. Ilustra também as histórias pessoais que revelam a importância dos povos originários e trata das ameaças aos seus direitos e cultura. Além disso, aborda a transição para uma nova geração de líderes e o surgimento de lideranças das mulheres indígenas.

“Durante os cinco dias que passamos em Piaraçu – num evento com mais de 800 indígenas, que nem o calor de 46 graus conseguiu atrapalhar – pude sentir a força da ancestralidade. Ficou clara a relação íntima que os povos originários mantêm com seus territórios, o que explica porque eles são tão essenciais para que o país e o mundo se adaptem às mudanças climáticas. Eles estão dispostos a contribuir com a solução. Contudo, para oferecer essa contribuição à humanidade, precisam que seus direitos, territórios e tradições sejam respeitados. Somente assim, através de seu modo de vida, poderão contribuir significativamente para o equilíbrio climático global”,

conta Lucas Ramos, coordenador do Amazoniar no IPAM e diretor do documentário.

“Ao produzir o documentário, nosso objetivo no Amazoniar foi contribuir para que os indígenas brasileiros projetem suas vozes e levem o chamado do cacique mais longe, para que todos somem à luta pelos direitos dos indígenas e, por consequência, contribuam para o equilíbrio climático mundial. Este não é apenas um chamado por ação. É um convite para escutar, aprender e preservar juntos com nossos povos originários”, disse Ramos.

Lançamento

A estreia aconteceu no dia 23 de abril, das 18h às 22h, na Caixa Cultural Brasília, e contou com a presença de líderes indígenas e representantes do governo brasileiro. 

Na ocasião, outras produções audiovisuais de artistas indígenas foram exibidas: ‘Artesanato’ (Are Yudja), ‘Memórias nas coisas do vovô’ (Matsi Waura Txucarramãe, Kokokaroti Txukahamãe Metuktire, Kaiani Trumai) e ‘Menire djapej: o trabalho das mulheres’ (Kokokaroti Txukahamãe Metuktire, Nhakmo Kayapó, Nhakpryky Metuktire, Bepunu Kayapó).

Entre os dias 24 e 26 de abril, a Caixa Cultural Brasília continuará exibindo o documentário e haverá algumas atividades, como uma oficina de audiovisual. 

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