Bumbá Beat: trio amazonense lança série de toadas eletrônicas; confira!

O trio 'Bumba Beat' se propõe a expandir as possibilidades das toadas para além dos limites do Festival Folclórico de Parintins.

Bumbá Beat é formado pelos músicos Viktor Judah (produtor musical), Pedro Kanan (cantor e percussionista) e João Serrão (charango e flautas). Foto: Demi Brasil/Dan Stump 

Formado pelos músicos Viktor Judah, Pedro Kanan e João Serrão, o trio Bumbá Beat propõe uma nova experiência sonora para o universo da toada, combinando tradição, tecnologia e identidade amazônica.

📲 Confira o canal do Portal Amazônia no WhatsApp 

O Bumbá Beat nasce do encontro entre a cadência da Marujada de Guerra e as atmosferas eletrônicas da música pop contemporânea.

O resultado é uma sonoridade retrofuturista, que mantém o peso rítmico da tradição e o projeta em novas frequências. 

Leia também: Conheça os currais em que os bois Caprichoso e Garantido produzem a magia do Festival Folclórico de Parintins

Sonoridade que une tambores e máquinas

Disponível nas plataformas de áudio o primeiro single da série Bumbá Beat, estreia com a faixa #1 – Kananciuê”, uma releitura retrofuturista do clássico composto por Ronaldo Barbosa em 1995 para o Boi-Bumbá Caprichoso.

A releitura de “Kananciuê” faz uso intenso de percussões típicas do boi-bumbá, acompanhadas por charango e flautas, que ganham novas dimensões ao se misturarem a sintetizadores e texturas digitais.

Mais do que um experimento musical, o projeto nasce da interseção entre as muitas Amazônias. Foto: Demi Brasil/Dan Stump 

“A série Bumbá Beat foi pensada por nós três. A gente se reuniu para realizar esse desejo de trazer o boi-bumbá para uma roupagem mais atual, unindo elementos modernos do pop, mas também resgatando a cadência dos anos 90 do Caprichoso, trazendo um olhar retrofuturista para essas toadas que apaixonaram tanta gente”, explica Pedro Kanan.

A Amazônia que pulsa entre o tambor e o beat

Mais do que um experimento musical, o projeto nasce da interseção entre as muitas Amazônias, da florestal à urbana, e de como elas dialogam no imaginário e na arte de seus criadores. 

O Bumbá Beat reflete a Amazônia que se reinventa nas cidades, nas misturas culturais e nas novas linguagens musicais, sem perder o elo com suas raízes.

Leia também: Saiba onde estão os bares temáticos dos bumbás Caprichoso e Garantido em Manaus

“Temos um profundo respeito pela tradição do boi-bumbá. Esse projeto é resultado do impacto que o Caprichoso teve na nossa musicalidade e concepção artística, misturado com outras referências que chegam nessa Amazônia urbana, que é uma das muitas Amazônias. Buscamos essa conexão entre o ancestral e o contemporâneo”, destaca João Serrão.

O grupo se propõe a expandir as possibilidades da toada para além dos limites do Festival de Parintins, transformando o boi-bumbá em fonte de influência para outras estéticas musicais.

O grupo ‘Bumbá Beat’ se propõe a expandir as possibilidades da toada para além dos limites do Festival de Parintins. Foto: Demi Brasil/Dan Stump 

“O Bumbá Beat é esse espaço que criamos para fazer misturas e ampliar o alcance da toada fora do festival. O projeto não vem mostrar como o boi-bumbá pode ser influenciado por referências de fora, mas sim como essas referências podem ser influenciadas pelo boi-bumbá e desvendar o que podemos esperar dessas outras estéticas quando colocadas em função da toada”, afirma Viktor Judah.

Tradição em movimento

Trinta anos após o lançamento de “Kananciuê”, o Bumbá Beat revisita esse marco sonoro da música amazonense. Com a fusão entre o peso dos tambores e os beats eletrônicos, o trio reafirma que a tradição não é estática, ela pulsa, se move e se mistura, como o som, como o povo, como a própria Amazônia.

O Bumbá Beat é uma série musical criada pelos artistas amazonenses Viktor Judah, Pedro Kanan e João Serrão.
O Bumbá Beat é uma série musical criada pelos artistas amazonenses Viktor Judah, Pedro Kanan e João Serrão. Foto: Demi Brasil/Dan Stump 

O projeto

O Bumbá Beat é uma série musical criada pelos artistas amazonenses Viktor Judah, Pedro Kanan e João Serrão, dedicada a reinterpretar clássicos do boi-bumbá de Parintins sob uma ótica contemporânea. Com uma estética que une o peso da marujada às texturas eletrônicas da música pop mundial, o projeto busca traduzir o diálogo entre o ancestral e o moderno, refletindo a pluralidade da Amazônia Urbana.

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Você conhece as mascotes dos times de futebol da Região Norte?

As mascotes de time são uma tradição no mundo, não só no futebol, mas em todo ambiente esportivo, pois elas são fundamentais para a representação do processo cultural de uma agremiação.

Leia também

Publicidade